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Justiça interroga holandesa que se casou com jihadista sírio

Aicha viajou à Síria em fevereiro para se casar com um jihadista holandês que havia visto na televisão, mas ligou para a mãe após fracasso do casamento

21 nov 2014 - 09h18
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A mãe, identificada apenas como "Monique", conseguiu resgatar a filha que se casou com um jihadista na Síria
A mãe, identificada apenas como "Monique", conseguiu resgatar a filha que se casou com um jihadista na Síria
Foto: Een Vandaag / Reprodução

A justiça holandesa interrogava nesta sexta-feira uma jovem holandesa de 19 anos, Aicha, que teria sido resgatada por sua mãe na Síria após o fracasso de seu casamento com um jihadista do Estado Islâmico (EI), indicou o Ministério Público.

Aicha "encontra-se detida desde seu retorno e é suspeita de crimes que ameaçam a segurança do Estado", disse à AFP Annemarie Kemp, porta-voz do Ministério Público de Maastricht (sul), onde sua família vive.

A primeira audiência de Aicha, cujo verdadeiro nome é Esterlina, ocorre a portas fechadas, acrescentou Kemp.

O caso de Aicha, que teria sido resgatada por sua mãe, Monique, no principal reduto do Estado Islâmico, comoveu a Holanda, embora a história provoque algumas dúvidas.

Segundo a imprensa holandesa, Aicha viajou à Síria em fevereiro para se casar com um jihadista holandês que havia visto na televisão e, depois, contactado pela internet.

O jihadista, ex-soldado do exército, é um dos 130 holandeses que viajaram à Síria para se apresentar ao Estado Islâmico, segundo números oficiais.

Aicha telefonou para sua mãe pedindo ajuda após o fracasso do casamento, afirma o jornal popular Algemeen Dagblad (AD).

Após a ligação, na semana passada, Monique viajou à Síria, passando pela Turquia, e recuperou sua filha em Raqa, principal reduto do Estado Islâmico, afirmou o jornal AD, destacando que os detalhes desta operação de resgate são muito confusos.

No entanto, um representante do Ministério Público, Roger Bos, declarou à televisão local que Monique "nunca esteve na Síria".

Monique teria esperado sua filha na fronteira, indicou Bos, dizendo que o ministério público investigava seu trajeto.

Dos 130 holandeses que viajaram para combater na Síria, 30 voltaram à Holanda e 14 morreram, segundo números publicados pelos serviços secretos holandeses (AIVD).

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