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Europa

Justiça italiana ordena novo julgamento de Amanda Knox

26 mar 2013 - 09h05
(atualizado às 16h26)
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A estudante americana Amanda Knox durante o julgamento de sua apelação, em setembro de 2011
A estudante americana Amanda Knox durante o julgamento de sua apelação, em setembro de 2011
Foto: Reuters

A mais alta corte criminal italiana anunciou nesta terça-feira o cancelamento da absolvição da americana Amanda Knox e do italiano Rafaelle Sollecito no caso do assassinato da estudante britânica Meredith Kercher, que se tornou celebre nos Estados Unidos e no mundo.

Kercher, 21 anos, foi encontrada morta em Perugia, na Itália, em novembro de 2007 com mais de 40 ferimentos e um corte fundo na garganta. Knox, sua então colega de quarto, e Sollecito, namorado da americana na época, foram presos acusados de assassinato.

Tribunal anula absolvição de americana acusada de matar amiga:

Inicialmente, a dupla e o marfinense Rudy Guede foram condenados pelo crime. Mas em 2011, a Corte de Cassação, a última instância de apelação da Itália, reverteu a condenação de Knox e Sollecito, que já tinham ficado presos por quatro anos, sob a alegação de que as provas levantadas pelo Promotoria não eram conclusivas. O tribunal decidiu nesta terça-feira que um novo julgamento deve ser realizado.

A família de Knox, que estudava na Itália na época do crime e atualmente retomou os estudos na Universidade de Washington, em Seattle, emitiu um comunicado afirmando que a notícia do novo julgamento era dolorosa. "É doloroso receber a notícia de que a Suprema Corte Italiana decidiu mandar o meu caso de volta para a revisão quando a teoria dos promotores sobre o meu envolvimento no assassinato de Meredith já foi repetidamente mostrada como injusta e infundada", diz a nota.

Carlo Dalla Vedova, advogado de Amanda Knox, fala com jornalistas em frente a tribunal de Roma nesta terça
Carlo Dalla Vedova, advogado de Amanda Knox, fala com jornalistas em frente a tribunal de Roma nesta terça
Foto: Reuters

A promotoria alega que Kercher morreu durante um "jogo sexual" regado a drogas. Knox e Sollecito negam a participação no caso e dizem que nem estavam no apartamento no dia que a britânica foi assassinada. Eles admitem ter consumido maconha no dia e que suas memórias não são precisas.

A lei italiana não pode obrigar Knox a retornar para o país para o novo julgamento. De acordo com o advogado Carlo Della Vedova, a americana não vai voltar para a Itália "no momento", mas deve acompanhar o processo de casa. Ele disse acreditar que um novo julgamento não deve ser iniciado antes do início de 2014.

Em caso de condenação, os Estados Unidos precisariam extraditar Knox para que ela cumpra a eventual pena. "Se a corte ordenar um novo julgamento, se ela for condenada neste julgamento e a condenação for mantida pela mais alta corte, então a Itália poderia pedir a extradição", disse Della Vedova na segunda-feira.

O advogado Francesco Maresca fala com repórteres em tribunal de Roma nesta terça; ele disse que a família de Kercher queria a revisão do caso
O advogado Francesco Maresca fala com repórteres em tribunal de Roma nesta terça; ele disse que a família de Kercher queria a revisão do caso
Foto: Reuters

A advogada de Sollecito, Giulia Bongiorno, disse nesta terça-feira que a decisão não era uma determinação de culpa e que apenas apontava que o caso precisa ser mais estudado. "É uma decisão que cancela um veredicto e ordena um novo julgamento. Eu não estou preocupado com uma leitura mais profunda da documentação, porque eu conheço a documentação", disse.

Já Francesco Maresca, advogado da família de Kercher, a vítima, disse que a decisão "era o que nós queríamos". 

Fonte: Terra
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