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Justiça italiana pede a parlamento para usar ligações de Berlusconi a meninas

1 out 2015 - 14h50
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A juíza do Tribunal de Milão, Stefania Donadeo, solicitou nesta quinta-feira a autorização do parlamento italiano para acessar 11 intercepções de chamadas telefônicas entre o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi e duas jovens frequentadoras de suas festas.

O objetivo é utilizar estas gravações no processo "Ruby Ter", que investiga se o magnata comprou o silêncio de várias pessoas durante o julgamento do "Caso Ruby", em que era acusado de corrupção de menores e abuso de poder e do que foi absolvido.

O parecer favorável do parlamento é requisito indispensável para acessar estas intercepções que datam de 2012, quando Berlusconi ainda exercia o cargo de senador, que perdeu um ano depois por ser condenado por fraude fiscal. Os parlamentares italianos deverão se pronunciar em breve sobre se permitem ou negam o acesso da Justiça ao material.

Trata-se de uma série de conversas de Berlusconi com Bárbara Guerra e Íris Berardi, que teriam pedido dinheiro e favores ao ex-primeiro-ministro em troca de não interferir nos julgamentos, segundo dados do sumário revelados pela imprensa local.

Ambas se constituíram parte civil no processo "Ruby bis" - contra colaboradores de Berlusconi acusados de prostituição -, mas acabaram se retirando do julgamento e se negando a testemunhar.

Nos próximos dias, os promotores de Milão solicitarão o processo de Berlusconi e de outros 33 investigados, entre colaboradores e mulheres, que participavam supostamente das suas polêmicas festas, segundo a imprensa italiana.

Os processos "Ruby bis" e "Ruby Ter" averiguam crimes derivados do "Caso Ruby", do qual Berlusconi foi absolvido e no qual era acusado de ter mantido relações sexuais com a marroquino Karima El Mahroug, quando ela era menor de idade.

Na versão "Ter", os promotores alegam que Berlusconi deu enormes quantidades de dinheiro a 21 mulheres, entre elas a jovem marroquina, que investiu em propriedades nos Emirados Árabes e no México, de acordo com a imprensa.

EFE   
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