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Kerry ameaça Rússia com mais consequências por Ucrânia

13 abr 2014 - 00h01
(atualizado às 00h03)
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, ameaçou neste sábado seu colega russo, Sergei Lavrov, com "consequências adicionais" se a Rússia não agir para diminuir a tensão no leste da Ucrânia, depois que os ativistas pró-russos tomaram três delegacias e um prédio oficial nessa região.

Durante uma conversa por telefone no sábado à tarde, Kerry "deixou claro que se a Rússia não der passos para diminuir a tensão no leste da Ucrânia e retirar suas tropas da fronteira da Ucrânia, haverá consequências adicionais", informou a jornalistas uma fonte do Departamento de Estado.

"Kerry expressou sua grande preocupação que os ataques de hoje por parte de militantes armados no leste da Ucrânia tenham sido orquestrados e sincronizados, de forma similar a ataques anteriores no leste da Ucrânia e na Crimeia", disse a fonte em comunicado.

"Os militantes estavam equipados com armas especializadas russas e com os mesmos uniformes que as forças russas que invadiram a Crimeia vestiam", acrescentou.

Os ativistas pró-russos exibiram este sábado sua força frente a Kiev ao tomar a sede regional do Ministério do Interior e também as delegacias da Polícia em três cidades da região de Donetsk, no sudeste de fala russo da Ucrânia.

Os agentes que estavam no prédio ministerial deixaram entrar sem opor resistência um grupo de ativistas da chamada República Popular de Donetsk (RPD), alguns vestidos com uniformes de camuflagem, armados com tacos de beisebol e com o rosto escondido.

Pouco depois, os ativistas saíram do edifício para deixá-lo em mãos de um grupo de agentes da Polícia antidistúrbios "Berkut", contrários ao governo interino em Kiev, que entraram na sede governamental uniformizados e armados com fuzis de assalto Kalashnikov.

O governo dos EUA ordenou uma série de sanções, as últimas ratificadas na semana passada pelo Congresso, contra pessoas e entidades tanto russas como ucranianas por seu apoio ao Kremlin na anexação da Crimeia.

EFE   
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