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Kiev: manifestantes usam fogos de artifício em confronto com polícia

21 jan 2014 - 02h22
(atualizado às 05h20)
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Centenas de manifestantes e policiais continuam nesta terça-feira com os enfrentamentos que começaram no domingo passado em Kiev, a capital da Ucrânia, contra a polícia antidistúrbios que bloqueia os acessos à sede do governo e já deixaram vários feridos. Os oposicionistas chegaram a usar fogos de artifício e até catapultas com coquetéis molotov durante os choques com a polícia.

Muitos manifestantes improvisaram “equipamentos” para se proteger, como máscaras, armaduras e escudos. A polícia respondeu com o uso de gás lacrimogênio e bombas, segundo as imagens de televisão transmitidas ao vivo do local dos enfrentamentos.

Ontem, em um pedido à população, o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, advertiu que as manifestações em Kiev se transformaram em distúrbios maciços que ameaçam desestabilizar todo o país.

"Eu estive disposto a ouvir as opiniões para juntos encontrarmos uma solução. Mas agora, quando as ações pacíficas se transformam em distúrbios maciços, com "pogroms", incêndios e violência, tenho certeza que isso representa uma ameaça não só para a ordem em Kiev, mas para toda a Ucrânia", disse Yanukovich.

No domingo, foram registrados vários confrontos durante protesto que reuniu mais de 200 mil opositores pró-europeus. A manifestação, que começou pacífica, terminou com registros de violência, desafiou as autoridades, depois da proibição de qualquer ato público no centro de Kiev até 8 de março e das novas leis promulgadas na última sexta-feira pelo presidente Yanukovytch, que introduzem ou reforçam as sanções contra os manifestantes.

Os líderes da oposição ucraniana acusaram o governo de "destruir a ordem constitucional" e "usurpar o poder" por aprovar uma série de leis, incluindo o Orçamento Geral de 2014, sem debate em Parlamento. Além disso, a formação governista promoveu a adoção de uma lei que, na opinião dos opositores, restringe o direito à liberdade de reunião e de expressão.

Os confrontos na capital ucraniana acontecem desde o final do ano passado, quando o governo se recusou a aderir ao plano de integração com a União Europeia, preferindo um acordo com a Rússia.

Com informações das agências internacionais

Fonte: Terra
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