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Kiev retira 321 pessoas da cidade rebelde de Lugansk

O governo espera que milhares de pessoas deixem a região, que sofre com a falta de água e luz, nos próximos dias

3 ago 2014 - 11h16
(atualizado às 11h26)
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As autoridades da Ucrânia anunciaram neste domingo que retiraram 321 pessoas da cidade rebelde de Lugansk, que está completamente bloqueada pelas forças governamentais e sofre com a falta de água e luz.

Foto: Reuters

O exército ucraniano criou na segunda-feira, segundo Kiev, um "corredor verde" para tirar a população de Lugansk, mas as autoridades ucranianas acusam os rebeldes pró-Rússia de impedir que a completa segurança deles seja garantida.

Segundo um porta-voz militar ucraniano, Alexei Dmitrashkivski, nas últimas 24 horas 139 mulheres, 174 homens e nove crianças deixaram Lugansk a bordo de 95 carros com destino à cidade de Chastie, sob controle de Kiev.

As autoridades assinalaram que esperam que, através do corredor, aberto de 10 da manhã às seis da tarde, milhares de pessoas possam abandonar a região nos próximos dias.

Segundo a prefeitura de Lugansk, mais de uma centena de civis teriam morrido na cidade, a maioria desde o início de julho e três deles nas últimas 24 horas.

O prefeito de Lugansk, Sergei Kravchenko, garantiu ontem que o corredor humanitário não estava funcionando e pediu às partes em conflito um cessar-fogo para permitir que a população deixe a capital regional.

"A cidade se encontra à beira de uma catástrofe humanitária. Não há provisões e as reservas se esgotaram. Não há luz, nem água, nem comunicações, nem internet", alertou.

Além disso, "não há nem gasolina, nem gasóleo, nem gás", os trens não podem partir da estação e "não há como usar ambulâncias, serviços comunais, equipes de emergência, transporte público, nem os carros que distribuem alimentos".

Devido à ausência de luz, os produtos alimentícios armazenados estragaram, e é quase impossível obter água engarrafada.

No final de julho, a ONU informou que no conflito, iniciado em meados de abril no leste da Ucrânia, 1.129 pessoas morreram e que os deslocados eram mais de cem mil.

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EFE   
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