Líder da extrema-direita reconhece derrota na Áustria
Líder da extrema-direita, Nobert Hofer reconheceu a derrota nas eleições presidenciais realizadas na Áustria neste domingo e parabenizou o ecologista Alexander van der Bellen pela vitória no pleito.
"Parabenizo Van der Bellen por seu êxito e peço que todos os austríacos sigam unidos e trabalhem juntos. Todos somos austríacos, não importa como tenhamos decidido nas urnas", escreveu Hofer em mensagem divulgada em seu perfil oficial no Facebook.
"Queridos amigos, agradeço a vocês. Me apoiaram de forma maravilhosa e estou infinitamente triste que não tenha funcionado desta vez. Ficaria encantado de cuidar de nossa Áustria", completou.
Pouco antes, o chefe de campanha de Hofer, Herbet Kickl, reconheceu a derrota do candidato do Partido Liberal da Áustria (FPÖ), de orientação ultranacionalista.
"Hofer lutou de forma desumana, não foi fácil, já que ocorreu um contra tudo e contra todos. Esse não é o final da história. O sistema conseguiu uma última vez impedir a mudança", disse.
Van der Bellen venceu na repetição das eleições presidenciais, segundo a emissora pública "ORF". O ecologista te 53,6% dos votos, contra 46,4% obtidos pelo líder da extrema-direita, com 58,4% dos votos apurados. Há pouca chance de haver uma mudança de tendência.
A líder do Partido Verde, Eva Glawischnig, disse que esse foi um "dia histórico" para o país.
Em todas as zonas eleitorais, Van der Bellen conseguiu ampliar a vantagem para Hofer em relação à eleição realizada em 22 de maio do ano passado, pleito que foi invalidado pela Justiça.
O Tribunal Constitucional da Áustria invalidou o pleito e ordenou uma repetição da votação por ter registrado irregularidades na apuração dos votos enviados por correio.
Políticos da extrema-direita como o holandês Geert Wilders e o porta-voz da Alternativa para a Alemanha (AfD), Christian Luth, tinham desejado sorte a Hofer antes do início das eleições.
Quem também expressou apoio ao líder da extrema-direita austríaca foi Marion Maréchal Le Pen, neta do fundador da Frente Nacional (FN), Jean-Marie Le Pen.