Líder do Pegida deixa grupo, após imitar Hitler no Facebook
"Sim, eu deixo a direção" do movimento, declarou Bachmann
O líder do movimento anti-Islã alemão Pegida (acrônimo de Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente), Lutz Bachmann, anunciou nesta quarta-feira seu afastamento do grupo, após a publicação na imprensa de uma foto em que apareceu usando um pequeno bigode e penteado como o de Adolf Hitler.
"Sim, eu deixo a direção" do movimento, declarou Bachmann ao jornal popular Bild, uma informação confirmada à AFP pela porta-voz do Pegida, Kathrin Oertel.
Esta última confirmou, ao longo do dia, a autenticidade da foto, publicada neste jornal de grande tiragem e no Dresdner Morgenpost, periódico que circula na mesma cidade do leste da Alemanha onde surgiu o Pegida, qualificando-a de "brincadeira".
"Eu apresento minhas sinceras desculpas a todos os cidadãos que possam ter se sentido ofendidos com minhas publicações (no Facebook)", declarou Bachmann em um comunicado publicado na página do Pegida.
Esta última confirmou, ao longo do dia, a autenticidade da foto, publicada neste jornal de grande tiragem e no Dresdner Morgenpost, periódico que circula na mesma cidade do leste da Alemanha onde surgiu o Pegida, qualificando-a de "brincadeira".
Segundo o Dresdner Morgenpost, a foto foi tirada "há algum tempo" e postada na página de Lutz Bachmann no site de relacionamentos Facebook.
Consultado pelo Bild, o dirigente do Pegida, movimento anti-Islã hostil aos imigrantes, explicou ter feito esta brincadeira "no cabeleireiro", durante o lançamento da versão em áudio de uma obra satírica sobre Hitler, "Ele está de volta", do alemão Timur Vermes (2012).
Outras declarações de Bachmann, postadas no Facebook em setembro de 2014, também chamaram atenção. O líder do Pegida, um ex-criminoso de 41 anos, também afirmou que não há "realmente verdadeiros refugiados fugindo de conflitos", referindo-se a eles como "imundos" e "bestas".
O Ministério Público de Dresden anunciou que está averiguando se estes fatos constituem uma infração, especialmente de "incitação ao ódio racial", informou à AFP seu porta-voz.