Londres: polícia pede que manifestantes paguem por segurança
Recusa da polícia em vigiar manifestação chega a custar 10 mil libras (R$ 43.461) para organizações de protestos
A polícia metropolitana de Londres solicitou a diversas organizações que assumam os custos da segurança se quiserem convocar protestos na capital britânica, informou nesta sexta-feira o jornal The Guardian em seu site.
Os organizadores da passeata anual em favor dos direitos das mulheres "Million Women Rise", prevista para acontecer no dia 7 de março em Londres, disseram que a recusa da polícia em vigiar essa manifestação irá custar a eles 10 mil libras (R$ 43.461).
Nessa mesma situação está o grupo ecologista "Campaign Against Climate Change" (CACC), para quem a polícia exigiu que contratasse uma equipe de segurança particular e elaborasse por sua conta um plano de trânsito para fechar as ruas por onde eles passaram.
A corporação afirmou que não é necessário enviar homens para vigiar esses protestos dado que não representam riscos aos cidadãos.
"Não se trata de a polícia querer cobrar por seus serviços, mas rejeita que se utilize o efetivo para elaborar um plano de fechamento de ruas e proporcionar segurança para um evento privado", explicou o superintendente Colin Morgan.
Para o diretor da organização em favor dos direitos humanos "Liberty", James Welch, a postura da polícia metropolitana londrina abre um perigoso precedente.