Madri tem forte segurança para proclamação do rei Felipe VI
Madri e arredores estão tomados por agentes da polícia que controlam a segurança tanto nas proximidades do Congresso e do Palácio Real, locais dos principais eventos, como em todo o percurso da comitiva real
A proclamação do rei Felipe VI nesta quinta-feira vai contar com um amplo dispositivo de segurança para garantir que os eventos previstos na capital espanhola transcorram com normalidade.
Madri e seus arredores estão tomados por agentes da polícia que controlam a segurança tanto nas proximidades do Congresso e do Palácio Real, locais dos principais eventos, como em todo o percurso da comitiva real.
Apesar do bom tempo e do feriado de Corpus Christi, as ruas da capital, que possui uma pujante vida noturna, se encontravam vazias nesta madrugada no trecho entre o Congresso e o Palácio Real, por onde passará a caravana do rei Felipe VI e sua mulher Letizia após sua proclamação.
A presença da polícia municipal ficava bastante evidente quando qualquer um tentasse estacionar um veículo em local não permitido, enquanto equipes de funcionários ainda cuidavam dos últimos preparativos do percurso, que foi enfeitado com flores e com muitas bandeiras nacionais nas varandas e fachadas de edifícios.
Os lugares mais críticos, principalmente aqueles que fornecem os serviços básicos, estão sob vigilância especial como parte do dispositivo das autoridades, que implica, entre outras medidas, a ativação do nível 3 de alerta antiterrorista, comum em eventos de especial relevância.
Além disso, o Palácio Real e o Congresso estão vigiados por mais de 100 atiradores de elite posicionados nos terraços. No entorno urbano, a Polícia Nacional enviou 4,3 mil agentes que ficarão encarregados de evitar qualquer incidente no percurso pelas principais ruas do centro de Madri.
A restrição do espaço aéreo sobre a capital também ocorrerá para garantir uma celebração pacífica e um dia de festa, que deverá amenizar a tristeza no dia seguinte à eliminação prematura da seleção espanhola na Copa do Mundo.
76 anos se passaram desde 5 de janeiro de 1938, quando María de las Mercedes ganhou, em Roma, o seu primeiro filho, que seria chamado de Juan Carlos Alfonso Victor Maria de Borbón y Borbon-Dos Sicilias - o rei Juan Carlos. Don Juan (pai) abdicou em 1941 em favor de seu filho, a quem seus seguidores começaram a chamar Juanito III. Uma infância marcada pela solidão de embarque e responsabilidade como futuro rei da Espanha
Foto: Terra Espanha / Reprodução
O verão de 1954 uniria Don Juan Carlos e a princesa Sofia. A Rainha Frederika da Grécia, mãe da princesa Sofia, organizou um cruzeiro no barco Agamenón para promover as ilhas do mediterrâneo como destino turístico. Na viagem, embarcaram 110 pessoas de Famílias Reais, entre os quais, os Condes de Barcelona acompanhados por Pilar de Espanha, Duquesa de Badajoz, e o Príncipe Juan Carlos
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Após o encontro a bordo do Agamenón, o Rei Juan Carlos e a princesa Sofia não se encontraram mais, até 1960, durante os Jogos Olímpicos de Roma. Em 1961, durante o verão, Don Juan Carlos enviou um cartão postal para a princesa. Em maio de 1962, eles se casaram na Igreja de São Dionísio, em Atenas
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Em 22 de novembro de 1975, com a morte de Francisco Franco, Don Juan Carlos ele foi ao tribunal para se proclamar Rei da Espanha. Com a cerimônia do país, encerrava-se uma etapa e se iniciava uma nova história do país. Vestindo o uniforme de capitão general do Exército, Don Juan Carlos jurou fidelidade aos princípios do Movimento Nacional e Leis Fundamentais do Estado: Não, não é uma ou duas poltronas para o Rei e a Rainha. Acima de nós, tem de estar a família real. A Monarquia, a Coroa não é só o Rei, disse
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Poucos dias depois, em 27 de novembro de 1975, o presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Vicente Enrique y Tarancón, o jovem casal foi coroado como Rei e Rainha da Espanha. Minutos depois, o carro casal desfilou pelas ruas da capital até o Palácio Real, local escolhido para a recepção oficial, onde acenaram pela primeira vez como reis do país
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Uma vez apresentados para a sociedade como reis, o casal viveu um de sues melhores momentos pessoais, desfrutando do matrimônio com o apoio do povo do país
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A juventude de Don Juan Carlos foi marcada por duras exigências
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Em 1957, Don Juan se incorporou à Escola Nava da Marinha, quando descobriu sua paixão pela navegação. Em 1972, ganhou vários prêmios em corridas a bordo do barco Bribón
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Em 30 de janeiro de 1968, nasceu o sucessor da Coroa, o terceiro filho de Juan Carlos, chamado Felipe; o príncipe foi batizado dias depois ao nascimento em Zarzuela, sendo a rainha Victoria Eugenia e Don Juan os padrinhos
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Em 1963, Don Juan Carlos e Sofia decidiram se instalar em La Zarzuela, em Madri, descartando, imediatamente, o Palácio do Oriente
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O rei disse, mais de uma vez, que a rainha Sofia era uma mulher muito disciplinada, companheira nos momentos difíceis e que cumpria perfeitamente seu papel como mãe, rainha e esposa
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Desde a chegada de Felipe, seu único filho homem, Don Juan se volta para a educação do futuro herdeiro
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Um dos momentos mais difíceis vividos por Don Juan Carlos foi em fevereiro de 1981, quando, durante a sessão de posse do presidente José Calvo Sotelo, no Congresso dos Deputados, centenas de policiais entraram no prédio numa tentativa frustrada de golpe de Estado conhecido como 23-F; o rei fez um pronunciamento transmitido pela televisão de dentro de seu escritório, defendendo a democracia
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Por ser o herdeiro do trono espanhol, Felipe recebeu uma educação diferente de suas irmãs, mais dura e disciplinada
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Para dar fim aos caprichos vividos por Felipe, a rainha Sofia enviou o filho ao Lakefield College, no Canadá
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Desde muito pequeno, Don Juan Carlos passou ensinamentos ao filho para que pudesse cumprir suas funções como herdeiro da Coroa
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Desde 1995, o príncipe Felipe viaja por toda a Espanha, seguindo os passos de seu pai que mais de uma vez destacou a dificuldade de seu ofício
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Em 22 de maio de 2004, o príncipe Felipe se casou com Letizia, em uma cerimônia celebrada na Catedral de Almudena, Espanha
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Algumas especulações sobre a relação entre o Rei Juan Carlos e a princesa apontavam dificuldades de entendimento entre eles; porém, o monarca sempre demonstrou apoio a ela, como futura rainha de seu país
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Juan Carlos foi apontado várias vezes como uma pessoa muito ligada à família
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No dia 2 de junho de 2014, Juan Carlos abdicou do poder em favor do filho, Felipe, afirmando uma "nova etapa" ao país