Relembre os maiores atentados cometidos contra a França
Ataque a fábrica de gás deixou pelo menos um morto nesta sexta-feira
O atentado contra uma fábrica de gás na França nesta sexta-feira foi considerado de natureza terrorista pelo presidente francês, François Hollande. O ataque, lançado por meio de um veículo com cilindros de gás contra a fábrica, deixou pelo menos um morto, e é o primeiro executado no país desde o terror espalhado pelos irmãos Kouachi em janeiro deste ano.
Ataque contra a redação do Charlie Hebdo
Em 7 de janeiro, os irmãos Said e Chérif Kouachi, vestidos de preto e armados com fuzis Kalashikov, invadiram a redação da revista satírica francesa Charlie Hebdo, matando 12 pessoas e deixando outras onze feridas, cinco delas gravemente. Naquele mesmo dia, Amedy Coulibaly, ligado aos irmãos Kouachi, matou a tiros um policial em Montrouge, na periferia de Paris.
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Em 8 de janeiro, ele invadiu um mercado judeu próximo ao Porte de Vincennes e matou quatro reféns. Na sexta-feira, 09, os três terroristas responsáveis pelos ataques foram mortos em cercos policiais.
Os atentados cometidos entre 7 e 9 de janeiro deixaram 17 pessoas mortas e foram consideradas os principais, em termos de número de mortos, cometidos na França desde o fim da guerra contra a Argélia, entre 1954 e 1962.
Horror sob trilhos
Em 1961, a explosão de uma bomba em um trem ligando Estrasburgo a Paris deixou 28 mortos. O atentado teria sido executado por um grupo que defendia a presença da França na Argélia, a Organização do Exército Secreto.
Combate aos judeus
Em maio de 1978, passageiros foram mortos por militantes palestinos enquanto desembarcavam de um voo de Tel Aviv no aeroporto Paris Orly. Oito pessoas morreram, entre elas, três dos atiradores.
Dois anos mais tarde, quatro pessoas morreram após uma bomba explodir em uma sinagoga em Paris. Um homem de origem palestina, Hassan Diab, foi detido no Canadá 18 anos após o crime e extraditado para a França apenas em 2014.
A comunidade judaica de Paris voltou a ser vítima de extremistas em 1982. Cinco homens atirraam e lançaram granadas contra um restante judeu do bairro de Marais, na capital francesa, matando seis pessoas.
Carlos, o Chacal
Em julho de 1983, uma bomba explodiu na principal estação ferroviária de Marselha deixando dois mortos e 34 feridos. Instantes mais tarde, outra explosão atingiu um trem de alta velocidade que partia de Maerselha para Paris, fazendo outras três vítimas mortais. Um grupo pró-árabe com relações com Carlos, o Chacal, reivindicou a autoria do atentado.
Grupo Islâmico Armado: terror em 1995
Uma série de oito atentados a bomba ocorridos na França entre julho e outubro de 1995 e atribuídos aos extremistas argelinos do Grupo Islâmico Armado deixou oito vítimas mortais e quase 200 pessoas feridas. Entres os ataques estão a explosão de um botijão de gás com pólvora negra, pregos e parafusos dentro de um trem de passageiros na estação de St Michel, em 25 de julho; a detonação de uma bomba perto do Arco do Triunfo, em 17 de agosto; e a erupção de uma bomba no vagão de um trem expresso, no centro de Paris, em 17 de outubro.
Em 1996, quatro pessoas e uma centena de pessoas ficaram feridas durante ataques com explosivos na estação de Port Royal. O atentado foi atribuído ao Grupo Islâmico Armado, embora não houvesse provas que comprovassem a autoria do crime.
Morre o prefeito de Córsega
Em 06 de fevereiro de 1998, o prefeito de Córsega, Claude Érignac, foi morto a tiros pelo nacionalista córsico Yvan Colonna. Embora Yvan tenha sempre alegado inocência, ele foi condenado à prisão perpértua pelo crime em 2007, após ser detido pela polícia nas montanhas de Córsega em julho de 2003. O movimento nacionalista ao qual Yvan fazia parte nasceu em 1975 na ilha de Córsega, uma das regiões mais pobres da França.
Caça a Mohamed Merah
Mohamed Merah, de apenas 23 anos, matou sete pessoas - três crianças, três militares e um professor de uma escola judaica - durante três tiroteios ocorridos em março de 2012 nas cidades de Montauban e Toulouse. O assassino, um cidadão francês de origem argelina e que declarou ter ligação com o grupo terrorista Al Qaeda, foi morto pela polícia após um cerco de mais de 30 horas.