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Manifestantes ucranianos põem fim à trégua ao atacar prédio em Kiev

26 jan 2014 - 01h30
(atualizado às 01h49)
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No interior do prédio se podia ver como explodiam os fogos de artifício que os manifestantes lançavam através das vidraças e as faíscas saltavam em todas as direções, enquanto os policiais respondiam com bombas de efeito moral, jatos de água e gás lacrimogêneo
No interior do prédio se podia ver como explodiam os fogos de artifício que os manifestantes lançavam através das vidraças e as faíscas saltavam em todas as direções, enquanto os policiais respondiam com bombas de efeito moral, jatos de água e gás lacrimogêneo
Foto: AP

Os manifestantes ucranianos puseram neste sábado fim à trégua ao atacar o prédio da Casa Ucraniana no centro de Kiev, onde estão refugiados em torno de uma centena de soldados antidistúrbios. Os opositores quebraram as vidraças do edifício e começaram a lançar coquetéis molotov e bombas em seu interior, o que provocou vários incêndios, que foram combatidos com extintores pelos soldados do Berkut (destacamento especial antidistúrbios).

No interior do prédio se podia ver como explodiam os fogos de artifício que os manifestantes lançavam através das vidraças e as faíscas saltavam em todas as direções, enquanto os policiais respondiam com bombas de efeito moral, jatos de água e gás lacrimogêneo. No entanto, os manifestantes, em sua maioria jovens, não desistiram e, apesar das baixas temperaturas que rondam os 15-20 graus abaixo de zero, se concentraram cada vez em maior número nas portas do imóvel.

Depois de um tempo, as hostilidades pararam e os manifestantes se dedicaram a rodear o prédio, enquanto através das vidraças quebradas se podia ver os policiais encurralados em formação para se proteger com seus escudos das pedradas. Alguns jovens tentaram lançar coquetéis molotov contra os policiais, que por suas expressões pareciam amedrontados perante a agressividade da multidão, mas os mais veteranos a impediram.

"Também são pessoas, como nós. Não vamos queimá-los vivos", gritou um homem de cerca de 30 anos. Então, os opositores decidiram formar um corredor na entrada do prédio e na porta de atrás, e se abriram negociações para facilitar a saída dos policiais, embora apenas quatro feridos aceitaram enfrentar a ira dos manifestantes.

O corredor era controlado por veteranos da guerra do Afeganistão, que desde o princípio dos protestos antigovernamentais se puseram ao lado dos opositores. Os opositores decidiram atacar o edifício, um centro cultural e de exposições, após ver na televisão como os Berkut se protegiam em seu interior.

"A primeira coisa que fizemos foi destruir o equipamento de alimentação elétrica para deixá-los no escuro. Depois destruímos as câmeras exteriores a pedradas e tapamos todas as saídas com sacos de neve", disse Yaroslav, um jovem de cerca de 20 anos. Supostamente, os soldados antidistúrbios queriam surpreender pelas costas os opositores concentrados maciçamente nas imediações do estádio do Dínamo de Kiev, que fica em uma rua a menos de um quilômetro de distância.

"Isto não é igual à Revolução Laranja (2004). Aquilo era uma festa, um festival de rua", comentou resignado outro dos manifestantes que mirava uma lanterna para os policiais. Os manifestantes decidiram romper definitivamente a trégua depois que a oposição rejeitou a oferta do Governo de Viktor Yanukovich. Como condição, os líderes opositores deviam se comprometer a persuadir seus partidários que suspendam os protestos no coração de Kiev.

EFE   
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