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Melila: 500 imigrantes pulam cerca para entrar na Espanha

Dos mil imigrantes que tentaram, 500 conseguiram cruzar a fronteira; os que ultrapassaram a cerca foram para o Centro de Estadia Temporária de Imigrantes de Melilla, que já estava lotado

28 mai 2014 - 09h15
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<p>Um imigrante subsaariano&nbsp;corre em dire&ccedil;&atilde;o ao Centro Tempor&aacute;rio&nbsp;de Imigrantes (CETI) ap&oacute;s escalar uma cerca met&aacute;lica que divide Marrocos e o enclave espanhol de Melilla, no in&iacute;cio da manh&atilde; desta quarta-feira, 28 de&nbsp;maio 28</p>
Um imigrante subsaariano corre em direção ao Centro Temporário de Imigrantes (CETI) após escalar uma cerca metálica que divide Marrocos e o enclave espanhol de Melilla, no início da manhã desta quarta-feira, 28 de maio 28
Foto: AP

Mais de mil imigrantes subsaarianos tentaram nesta terça-feira saltar a cerca fronteiriça que separa o Marrocos do enclave espanhol de Melilla e cerca de 500 conseguiram entrar em solo espanhol, segundo as autoridades locais.

"Por volta das 6h00 ocorreu um ataque na zona de 'Barrio Chino'. Aproximadamente 1.000 pessoas tentaram (passar) e pouco menos de 500 conseguiram", indicou um porta-voz da delegação do governo em Melilla.

"Vinham em ondas para saltar a cerca de sete metros de altura e 11 quilômetros de largura", explicou o presidente da Cidade Autônoma de Melilla, Juan José Imbroda, à rádio pública RNE.

"Um trecho da cerca, exterior, foi derrubado" durante a ofensiva, explicou Imbroda. "As autoridades marroquinas colaboraram bastante. Também houve uma grande mobilização da guarda civil. Mas era difícil de parar", explicou.

Os imigrantes que conseguiram cruzar a fronteira se dirigiram posteriormente ao Centro de Estadia Temporária de Imigrantes (CETI) de Melilla, um centro de acolhida governamental, já lotado.

"Alguns foram tratados por ferimentos leves na enfermaria do CETI", explicou o porta-voz da delegação do governo em Melilla.

"Já havia 2.000 acolhidos, embora a capacidade seja para 480", explicou Juan José Imbroda nesta quarta-feira.

"Imagine então o grande problema que vamos encontrar esta manhã, com mais 400, além dos 2.000 que já estão lá", acrescentou.

Após o novo ataque, o secretário de Estado de Segurança, Francisco Martínez, anulou uma viagem prevista nesta quarta-feira às Ilhas Baleares para se dirigir a Melilla.

No dia 18 de março, cerca de 500 imigrantes conseguiram entrar em Melilla, no ataque mais importante desde 2005 neste enclave.

Nos últimos meses, a pressão migratória se intensificou sobre Melilla, a única fronteira terrestre entre a África e a União Europeia junto com Ceuta, outro enclave espanhol na margem marroquina do estreito de Gibraltar.

Neste local, no dia 6 de fevereiro 14 imigrantes morreram afogados quando tentavam chegar a nado ao território espanhol.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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