Merkel quer "acordo de não-espionagem" na UE e com os EUA
A chanceler alemã, Angela Merkel, quer que os 28 países da União Europeia selem um "acordo de não-espionagem", semelhante àquele que a França e a Alemanha negociam com os Estados Unidos, depois das denúncias sobre a espionagem norte-americana ao telefone celular dela.
Um porta-voz governamental alemão confirmou na noite de sexta-feira que Merkel fez essa proposta aos líderes europeus reunidos numa cúpula em Bruxelas. Participantes da reunião disseram que os demais governantes pareceram abertos à sugestão.
As denúncias de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA teria acessado dezenas de milhares de registros telefônicos na França, além de monitorar o celular da chanceler alemã, causaram indignação em toda a Europa.
Na sexta-feira, a Alemanha disse que seus principais chefes de inteligência viajarão na semana que vem a Washington para buscar explicações.
Na quinta-feira, Merkel disse que os EUA deveriam selar até o final do ano um pacto de não-espionagem com Berlim e Paris, e disse que espera medidas concretas da Casa Branca, não apenas pedidos de desculpas.
Fontes disseram que ela também foi peremptória em dizer que a UE deveria definir um acordo semelhante, pelo qual as agências de inteligência iriam cooperar entre si, comprometendo-se a não se espionarem mutuamente.