Investigadores holandeses reuniram nesta sexta-feira mais restos humanos no local da queda do avião do voo MH17 no leste da Ucrânia, onde as buscas foram retomadas apesar dos combates esporádicos na região, anunciou o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.
"Hoje, as circunstâncias permitiram que uma pequena missão holandesa visitasse o local do desastre", disse Mark Rutte durante uma coletiva de imprensa, mais de três meses após a tragédia em que 298 pessoas morreram, das quais dois terços eram holandesas.
A tese mais aceita é a de que o avião foi abatido por um míssil disparado a partir do solo nesta região assolada por combates entre as forças do governo e separatistas pró-russos. Kiev e o Ocidente acusam os separatistas, enquanto estes e Moscou apontam para o governo ucraniano.
"A equipe foi capaz de coletar restos mortais que estão sendo transportados para Kharkiv", também no leste da Ucrânia, afirmou Rutte, acrescentando que "uma primeira necropsia será realizada nessa cidade, antes de os restos serem enviados à Holanda".
O Boeing da Malaysia Airlines caiu em 17 de julho. A Holanda é responsável por investigar as causas da tragédia, pela investigação criminal e pela repatriação e identificação dos corpos das vítimas.
Muitos restos mortais já foram transportados para a Holanda, permitindo a identificação de 289 pessoas até o momento. Mas o acesso ao local do acidente é limitado, e muitos restos mortais de vítimas continuam lá.
"A situação está em constante mudança", disse Rutte. "Em um dia está tranquilo, no dia seguinte combates intensos são registrados".
Em um primeiro relatório, o Escritório Holandês de Segurança (OVV) afirmou que a aeronave havia sido atingida por vários projéteis em alta velocidade.
O governo holandês tem sido fortemente criticado nos últimos dias por suas decisões, consideradas "muito condescendentes", na gestão do caso MH17. Alguns acreditam que Haia deveria negociar com os rebeldes para avançar mais rapidamente e para permanecer mais tempo no local da queda.
Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu com 295 pessoas à bordo próximo ao vilarejo de Grabovo, na região de Donetsk, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Destroços caíram na Ucrânia nesta quinta-feira
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia informou que a aeronave foi derrubada por um míssil disparado por separatistas
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Um funcionário dos serviços de emergência disse que pelo menos 100 corpos foram encontrados
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
A polícia e os bombeiros estão no local para atender a ocorrência
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em comunicado oficial, a Boeing se colocou à disposição das autoridades na investigação do acidente
Foto: Dominique Faget / AFP
Destroços do avião estão espalhados pelo vilarejo de Grabovo
Foto: Dominique Faget / AFP
Entre os mortos haveria 23 cidadãos americanos, mas ainda não há informação sobre as demais nacionalidades
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Em 8 de março deste ano, um outro avião da Malaysia Airlines que decolou de Kuala Lampur em direção à Pequim, com 239 pessoas a bordo, desapareceu dos radares
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Um dos focos de fogo do avião da Malaysia Airliness que caiu nesta quinta
Foto: Dmitry Lovetsky / AP
Seguranças do Aeroporto internacional de Kuala Lumpur, na Malásia procuravam informações do voo que vinha de Amesterdã
Foto: Vincent Thian / AP
A entrada da Malaysia Airlines está fechada no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
Foto: Olivia Harris / Reuters
Após o acidente, o posto de atendimento da Malaysia Airliness fechou em Amesterdã, na Holanda
Foto: Olaf Kraav / AFP
O presidente da Ucrânia,Petro Poroshenko afirmou ter convicção de que se trata de um "ato terrorista"
Foto: Mykola Lazarenko / Reuters
Este é o segundo avião da empresa que desaparece dos radares nos últimos meses
Foto: Tomas Manan Vatsyayana / AFP
Avião da Malaysia desaparece na Ucrânia perto da Rússia
Foto: Tomas Bartkowiak / Reuters
Em imagem, avião da Malaysia Airlines é fotografado enquanto levanta voo
Foto: FRED NEELEMAN / AFP
Separatista é visto sobre destroços do avião, na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters
Mulher põe flores na entrada do aeroporto de Schipol, em Amsterdã, um dia após a tragédia com o avião da Malaysia
Foto: Dominique Faget /AFP
Homem usa celular para registrar os destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia após ser atingido por um míssil
Foto: Dominique Faget /AFP
Um funcionário do resgate demarca locais em que corpos das vítimas foram encontrados na área em que o avião da Malaysia caiu
Foto: Dominique Faget /AFP
Soldado pró-Rússia encontra um brinquedo entre os destroços do avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Soldados pró-Rússia resguardam a área em que caiu o avião da Malaysia Airlines
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Um representante da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa acompanha os trabalhos de resgate perto de destroços do avião da Malaysia que caiu na Ucrânia
Foto: Dmitry Lovetsky/AP
Separatistas pró-Rússia reúnem pertences de passageiros do avião que caiu na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
Pertences de passageiros encontrados na área em que caiu o avião da Malaysia na Ucrânia
Foto: Maxim Zmeyev/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento sobre o desastre do avião da Malaysia; Obama disse que o míssil partiu de um território controlado por separatistas pró-Rússia
Foto: Larry Downing/Reuters
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