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Milhares vão às ruas na Espanha a favor da república no país

Protesto aconteceu em mais de trinta cidades espanholas; nesta segunda-feira, o rei Juan Carlos abdicou ao trono em favor do filho

2 jun 2014 - 17h39
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<p>Pelo menos 1.500 pessoas participaram do in&iacute;cio da manifesta&ccedil;&atilde;o, segundo a pol&iacute;cia, que indicou que o n&uacute;mero de manifestantes aumentou ao longo do dia</p>
Pelo menos 1.500 pessoas participaram do início da manifestação, segundo a polícia, que indicou que o número de manifestantes aumentou ao longo do dia
Foto: AFP

Milhares de pessoas se reuniram, nesta segunda-feira, na praça Puerta del Sol, em Madri, a favor de um sistema republicano e para pedir a realização de um referendo sobre a continuidade ou não da monarquia na Espanha. O protesto, que também aconteceu em mais de trinta cidades em todo o país, acontece no mesmo dia em que o rei Juan Carlos abdicou do trono em favor do filho, o príncipe Felipe de Bourbon.

O ato acontece em reação a uma convocação de organizações republicanas. Os participantes, recrutados por movimentos sociais sob o lema "Xeque à Monarquia. Processos Constituintes" pedem a realização de um referendo sobre o assunto.

Pelo menos 1.500 pessoas participaram do início da manifestação, segundo a polícia, que indicou que o número de manifestantes aumentou ao longo do dia. As autoridades consideraram o protesto ilegal por ter não sido solicitada autorização.

Não houve confronto entre os manifestantes, que agitavam bandeiras republicanas e diziam palavras de ordem como "Vá embora, Felipe", "Bourbon, sem pensão" e "Espanha amanhã será republicana".

O anúncio de abdicação acontece uma semana depois de os partidos majoritários, o Partido Popular (PP) e o Partido Socialista do Trabalhador Espanhol (PSOE, em espanhol), ambos firmes defensores da monarquia, conquistarem o pior resultado conjunto em uma das eleições. Ao mesmo tempo, partidos abertamente republicanos crescem.

<p>Autoridades consideramas manifesta&ccedil;&otilde;es&nbsp;ilegais&nbsp;por ter n&atilde;o sido solicitada autoriza&ccedil;&atilde;o</p>
Autoridades consideramas manifestações ilegais por ter não sido solicitada autorização
Foto: AFP

Cinco deputados do partido Esquerda Unida, liderados pelo coordenador geral, Cayo Lara, e membros de partido ecologista Equo, liderados por Juan López de Uralde também participaram da manifestação.

Lara declarou que "a república não chegou ainda, mas já está mais próxima com a abdicação do rei" e sustentou que "é o momento de dar o direito do povo soberano falar, que os cidadãos decidam se querem uma monarquia ou uma república".

Com informações da Reuters e da EFE.

Fonte: Terra
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