'Minha cama parecia uma gelatina', diz brasileira sobre terremoto na Itália
Há 15 dias na Itália, a paulista Rosana Conrado passou por um susto na madrugada desta quarta-feira, quando um terremoto de magnitude 6.2 atingiu a região central do país.
"Estava dormindo quando tudo começou a chacoalhar muito. Minha cama parecia uma gelatina. As trincas das janelas se abriram e as portas começaram a bater".
"O alarme do prédio tocava sem parar. Acordei em pânico e não sabia o que fazer. Fiquei apavorada", relata à BBC Brasil.
Rosana, que está na cidade de Camerino, a 100 km do epicentro do terremoto, diz que sentiu os efeitos do tremor por cerca de "dois minutos".
"Foi um susto e tanto para nós brasileiros que nunca passamos por isso na vida", lembra ela, que viajou ao país para fazer um curso de italiano.
Ela acrescenta que, no momento do abalo, houve queda de energia. Em meio à escuridão, Rosana vestiu a roupa "correndo" e buscou abrigo na praça central da cidade.
"Ali eu e meus amigos encontramos várias pessoas, entre crianças e idosos. Uma delas chorava muito", diz.
"Estava até pensando em voltar à Itália no ano que vem, mas depois disso vou pensar duas vezes", acrescenta ela, que é descendente de italianos.
O prédio onde Rosana está hospedada teve pequenas avarias. A parede de seu quarto rachou e o corrimão também.
Terremoto
Na madrugada desta quarta-feira, um terremoto de magnitude 6.2 atingiu a região central da Itália, deixando pelo menos 38 mortos e 150 desaparecidos. Várias pessoas estão desabrigadas.
Os locais mais afetados foram o vilarejo de Pescara del Tronto e as cidades de Amatrice e Accumoli, a nordeste da capital Roma.
Segundo autoridades locais, a intensidade do terremoto foi equivalente à do que atingiu a cidade de L'Aquila em abril de 2009, quando 309 pessoas morreram. Aquele tremor foi de magnitude 6.3.
Em maio de 2012, dois terremotos - de magnitude 5.8 e 6.1 - atingiu a cidade de Medolla (no norte do país), deixando 20 mortos, segundo dados do governo dos Estados Unidos.