Ministro alemão pede que protesto contra o Islã seja anulado

Grupo deve realizar manifestação em Dresden nesta segunda-feira

11 jan 2015 - 13h36

(atualizado às 14h46)

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<p>Milhares de pessoas participam de uma manifestação organizada pelo movimento "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" (Pegida) em Dresden, em 5 de janeiro</p> — Milhares de pessoas participam de uma manifestação organizada pelo movimento "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" (Pegida) em Dresden, em 5 de janeiro
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters

O ministro da Justiça alemão pediu ao movimento que prega contra o Islã Pegida que desista da manifestação prevista para esta segunda-feira na cidade alemã de Dresden (leste) por achar que não têm o direito de explorar os ataques ocorridos em Paris.

"Se os organizadores tiverem um mínimo de decência, cancelarão as manifestações", afirmou o social-democrata Heiko Maas ao jornal Bild.

"As vítimas (dos ataques em Paris) não merecem ser instrumentalizadas por agitadores", acrescentou.

O Pegida (sigla em alemão para Europeus Patriotas contra a Islamização do Ocidente) convocou uma nova manifestação para a noite de segunda-feira em Dresden e pediu a seus simpatizantes que usem uma braçadeira em sinal de luto pelas vítimas francesas.

Este pedido acontece no mesmo dia em que um jornal da cidade alemã de Hamburgo, que publicou charges de Maomé da revista francesa Charlie Hebdo, sofreu um incêndio provocado, sem registro de feridos.

"Jogaram pedras e depois um objeto em chamas contra a janela", informou um porta-voz da polícia à AFP.

"Duas salas do andar debaixo ficaram danificados, mas o fogo foi apagado rapidamente", acrescentou.

O jorna regional Hamburger Morgenpost publicou na primeira página três charges da Charlie Hebdo depois do ataque de quarta-feira contra a sede da revista em Paris, quando morreram 12 pessoas.

Duas pessoas foram detidas, segundo a polícia, que está investigando se o ataque tem mesmo relação com as charges.