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Europa

Ministro ucraniano acusa Rússia de preparar "invasão armada"

Ucrânia denuncia "ocupação" da Rússia com bloqueio de aeroportos na Crimeia; Frota do Mar Negro da Rússia nega ação

28 fev 2014 - 05h23
(atualizado às 06h09)
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O ministro do Interior interino da Ucrânia, Arsen Avakov, acusou a Rússia de preparar uma “invasão armada” por um suposto bloqueio por militares russos dos aeroportos de Sebastopol e Simferopol, na Crimeia. “Eu considero o que está acontecendo uma invasão armada e uma ocupação”, escreveu Avakov em sua página no Facebook.

A Frota do Mar Negro da Rússia negou a tomada do aeroporto em Sevastopol. "Nenhuma unidade da Frota do Mar Negro foi deslocada na área de (aeroporto) Belbek, nem tomou parte em qualquer invasão", disse a unidade por meio de um comunicado divulgado pela agência RT.

O ministro disse, de acordo com a agência AFP, que tropas russas no Mar Negro, estacionadas em uma região predominantemente russa da Crimeia, bloquearam a base aérea de Belbek, próximo de Sevastopol, onde soldados ucranianos e guardas de fronteira estão localizados.

Apesar de não apresentar qualquer insígnia de identificação, as supostas tropas russas “não esconderam a quem pertencem”, afirmou Arsen Avakov, acrescentando que um segundo aeroporto foi invadido por homens armados, também supostamente ligados a grupos pró-Rússia.

O titular interino de Interior precisou que efetivos da polícia monitoram o perímetro exterior do aeroporto de Sebastopol, situado na cidade em que fica a base naval da Frota do Mar Negro da Rússia.

Avakov classificou as ações como "invasão armada e ocupação, e violação de todas as normas e acordos internacionais". "É uma provocação aberta para suscitar um conflito armado e causar derramamento de sangue. Já não é mais competência do Ministério do Interior. Quem deve se encarregar agora é o Conselho de Segurança Nacional e Defesa. Enquanto não houver um conflito armado, devem falar os diplomatas", concluiu.

Horas antes das tropas russas chegarem ao aeroporto de Simferopol, um grupo armado pró-Rússia invadiu o mesmo recinto, mas se retirou logo em seguida, após comprovar que não havia tropas ucranianas no terminal.

Na quinta-feira pela manhã, um comando pró-russo já havia tomado o Parlamento e a sede do governo local de Simferopol. Horas mais tarde, o Parlamento votou pela realização de um referendo por mais autonomia marcado para o dia 25 de maio e afastou o governo provincial.

A Crimeia, povoada majoritariamente pela etnia russa, é a região da Ucrânia onde o risco de rejeição às novas autoridade em Kiev é maior. Ela já pertenceu à Rússia antes de ser anexada à Ucrânia soviética em 1954.

Com informações da agência EFE

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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