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Missionário espanhol infectado com ebola chega a Madri

Padre foi infectado na Libéria: trata-se do primeiro infectado com o vírus ebola que é transferido para a Europa para seu tratamento

7 ago 2014 - 03h41
(atualizado às 08h44)
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A aeronave está equipada com todas as medidas médicas e de segurança para evitar que a tripulação e o pessoal de saúde pudessem ser contaminados
A aeronave está equipada com todas as medidas médicas e de segurança para evitar que a tripulação e o pessoal de saúde pudessem ser contaminados
Foto: EFE

Um avião militar que traz um padre espanhol infectado com o vírus ebola na Libéria aterrissou em Madri, informou nesta quinta-feira à agência EFE o Ministério da Defesa da Espanha.

Trata-se de Miguel Pajares, o primeiro infectado com o vírus que é transferido para a Europa para seu tratamento e que está acompanhado por uma freira de origem guineana e com passaporte espanhol, Juliana Bohi, que não contraiu a doença.

O avião da Aeronáutica, um Airbus A310, aterrissou na base aérea de Torrejón, nos arredores a Madri, às 8h10 locais (3h10 de Brasília). A aeronave está equipada com todas as medidas médicas e de segurança para evitar que a tripulação e o pessoal de saúde pudessem ser contaminados.

Os dois religiosos serão transferidos ao hospital Carlos III de Madri, onde estão ativados os protocolos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, que garantem o risco mínimo para o atendimento dos pacientes com esse tipo de doença.

O religioso, 75 anos, será internado em um pavilhão de isolamento que conta com quartos de pressão negativa com um circuito especial de entrada e de saída dos agentes de saúde, e com uma ducha para que eles possam se lavar antes e depois de retirarem as roupas de segurança.

A diretora geral de Saúde Pública, Mercedes Vinuesa, explicou ontem que todos os trâmites foram cumpridos para que "a segurança esteja absolutamente garantida para toda a sociedade e todos os espanhóis".

Miguel Pajares permaneceu isolado desde a última sexta-feira no hospital São José de Monróvia, a capital da Libéria, junto com outras cinco pessoas, depois da morte de seu diretor, o irmão Patrick Nshamdzea, que foi cuidado pelo missionário espanhol.

O doente já tinha manifestado à EFE, antes de saber que estava infectado, seu desejo de ser transferido à Espanha para receber atendimento médico adequado.

"Eu gostaria (de ir à Espanha) porque temos muito pouca experiência com o que aconteceu aqui. Estamos abandonados e não nos satisfazem. Queremos ir à Espanha para sermos tratados como pessoas, como Deus manda", comentou o religioso.

Foto: Arte Terra

EFE   
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