O missionário espanhol que havia sido transportado para Madri na última quinta-feira depois de contrair ebola na Libéria, no oeste da África, morreu nesta terça-feira, no Hospital Carlos III, na capital da Espanha, de acordo com o jornal El País.
"Ele morreu às 9h28 (4h28 de Brasília)", afirmou um porta-voz do hospital.
Miguel Pajares, 75 anos, estava sendo tratado com o soro experimental ZMapp, que também é utilizado em dois pacientes nos Estados Unidos. O ZMapp fora importado de Genebra, na Suíça, com autorização do Ministério da Saúde da Espanha, para que fosse administrado no religioso.
O religioso, primeiro europeu afetado pela doença, havia contraído o ebola no hospital Saint Joseph de Monróvia, onde trabalhava. Esta é a quarta morte nos últimos 10 dias de um funcionário do hospital, vinculado à ordem religiosa de São João de Deus e fechado pelas liberianas desde 1 de agosto.
Ontem, a a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de mortos no pior surto de ebola já registrado chegou a 1.013, depois que mais 52 pessoas morreram em três dias até 9 de agosto, em três países da África Ocidental.
O maior número de mortes recentes foi na Libéria, onde 29 pessoas morreram, seguido de Serra Leoa (17) e Guiné (6), disse a OMS em um comunicado em seu site. O número total de casos subiu para 1.848, acrescentou a organização.
Com informações do jornal El País e agência AFP.
Nancy Writebol, missionária da Carolina do Norte que trabalhava na Libéria, chega ao hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, para receber tratamento médico contra o Ebola
Foto: The Journal & Constitution, John Spink / AP
O médico Kent Brantly posa ao lado da esposa Amber nesta foto sem data. Brantly foi o primeiro infectado pelo Ebola a ser levado aos Estados Unidos para receber tratamento
Foto: Samaritan's Purse / AP
Vítima do Ebola, Nancy Writebol é rodeada de crianças na Libéria, em 7 de outubro de 2013
Foto: Cortesia de Jeremy Writebol / AP
Equipe médica coloca roupas especiais antes de tratar de pacientes que contraíram o vírus Ebola, em Kenema, Serra Leoa, em 10 de julho
Foto: Tommy Trenchard / Reuters
Voluntários transportam corpos de vítimas do Ebola a um centro dirigido pelo grupo Médicos Sem Fronteiras, em Kailahun, Serra Leoa
Foto: WHO/Tarik Jasarevic / Reuters
Voluntários enterram o corpo de um africano vítima do Ebola em Kailahun, Serra Leoa, em 2 de agosto
Foto: WHO/Tarik Jasarevic / Reuters
Um grupo de voluntários se prepara para remover os corpos de pessoas suspeitas de terem contraído Ebola antes de morrer na aldeia de Pendebu, norte do Kenema, em Serra Leoa
Foto: HO/Tarik Jasarevic / Reuters
Trabalhadores da área da saúde se preparam para trabalhar em uma unidade de isolamento no distrito de Foya, na Libéria
Foto: hmed Jallanzo/UNICEF / Reuters
Meninas olham para um pôster distribuído pela UNICEF com orientações de como se prevenir do vírus Ebola, na Libéria
Foto: Ahmed Jallanzo/UNICEF / Reuters
Funcionários da área médica carregam o corpo de uma vítima do Ebola em Serra Leoa, em 25 de julho