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Europa

"Não seja um capacho", diz Moscou ao governo da Ucrânia

Pedido russo dá sinal claro de que Moscou espera a reinstauração da ordem na Ucrânia antes de entregar segunda parcela de crédito, no valor de US$ 2 bilhões, cedido ao país em dezembro do ano passado

20 fev 2014 - 12h05
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No Twitter, usuários compartilham montagem de foto da Praça da Independência antes e depois dos conglitos entre governo e opositores, que acontecem há 3 meses
No Twitter, usuários compartilham montagem de foto da Praça da Independência antes e depois dos conglitos entre governo e opositores, que acontecem há 3 meses
Foto: Twitter

A Rússia alertou na quinta-feira o presidente da Ucrânia para que não se torne "um capacho" sob os pés dos seus oponentes, num claro sinal de que Moscou deseja a reinstauração da ordem no país vizinho antes de entregar mais dinheiro (da ajuda financeira prometida ao país vizinho em dezembro de 2013).

Em meio a um cabo-de-guerra com o Ocidente na disputa por influência sobre a Ucrânia, Moscou elevou o cacife da aposta ao vincular explicitamente a liberação de um crédito de US$ 2 bilhões ao fim dos protestos.

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse que a Rússia só pode lidar com "autoridades legítimas e efetivas - uma liderança na qual as pessoas não fiquem esfregando os pés feito um capacho", uma imagem poderosa no sentido de revelar como o Kremlin recrimina o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, por ter cedido terreno aos manifestantes no centro de Kiev.

<p>A Rússia exigiu nesta quarta-feira, 19, que os líderes da oposição na Ucrânia "parem o derramamento de sangue" em Kiev e disse que Moscou usará toda a sua influência para levar a paz a seu "Estado irmão e amigo"</p>
A Rússia exigiu nesta quarta-feira, 19, que os líderes da oposição na Ucrânia "parem o derramamento de sangue" em Kiev e disse que Moscou usará toda a sua influência para levar a paz a seu "Estado irmão e amigo"
Foto: Olga Yakimovich / Reuters

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, foi ainda mais incisivo, ao dizer a uma rádio que a prioridade da Rússia no momento é resolver o conflito, e que só depois da restauração da ordem poderá haver um "diálogo pacífico e construtivo".

Na quarta-feira, Yanukovich disse que "assessores" o aconselharam a reprimir os protestos com mais firmeza caso os líderes da oposição não se dissociem de elementos radicais e armados que estão nas ruas.

Fontes familiarizadas com o processo que levaria à liberação da segunda parcela do crédito russo disseram que a decisão agora está nas mãos do Ministério das Finanças, no que se tornou uma questão política.

Em dezembro, a Rússia prometeu uma ajuda financeira de 15 bilhões de dólares a Kiev, além de anunciar uma redução no preço do gás. As ofertas foram vistas por analistas como uma recompensa de Moscou a Yanukovich por ter desistido de assinar um acordo comercial com a União Europeia.

Logo depois disso, a Rússia comprou US$ 3 bilhões em títulos da dívida ucraniana. A liberação da segunda parcela de ajuda, no valor de US$ 2 bilhões, era esperada para esta semana, mas agora já não há certeza sobre a data.

A Rússia negou que esteja "comprando" a ex-república soviética, argumentando estar oferecendo um "ato de amor fraterno" com um país que muitos russos veem como extensão do seu próprio, ligado por laços linguísticos e religiosos.

Nesta semana, diante do prolongamento dos conflitos no centro de Kiev, as autoridades russas alteraram abruptamente o seu tom, pressionando Yanukovich comprovar que continua no controle.

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