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Europa

Navio de cruzeiro Costa Concordia é endireitado na costa italiana

Operações de rotação da embarcação levaram 19 horas

17 set 2013 - 00h22
(atualizado em 4/12/2013 às 15h53)
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O navio de cruzeiro Costa Concordia foi endireitado na madrugada desta terça-feira, às 4h locais (23h de Brasília da segunda-feira), e as operações de rotação da embarcação terminaram com sucesso, após 19 horas, anunciou o chefe da Defesa Civil, Franco Gabrielli, citado pela emissora italiana Rai. "O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio", acrescentou Gabrielli.

Com o toque das sirenes, se anunciou que a operação tinha sido um sucesso, apesar de ter durado mais que o previsto. O navio, de 114 mil toneladas, 290 metros de comprimento e 17 andares de altura, já estava na posição vertical sobre a plataforma submarina que foi construída nos meses anteriores.

O chamado "parbuckling", o termo técnico com o qual se conhece esta operação de endireitar uma embarcação, foi iniciada pela sociedade americana Titan Salvage em conjunto com a italiana Micoperi, empregou 500 pessoas e teve um custo de 600 milhões de euro para a Costa Cruzeiros, proprietária do Costa Concordia.

Conheça o cruzeiro de luxo que naufragou na Itália

Os técnicos, de acordo com a Rai, disseram que "não houve nenhuma bomba ecológica" e que foram necessárias "intervenções importantes" no flanco do casco.

O diretor das operações de rotação do navio, Nick Sloane, um engenheiro sul-africano de 52 anos, explicou que "se pensarmos em tudo aquilo que era necessário para realizar este projeto, entre eletrônica e aço, chegamos à conclusão que poucos países do mundo poderiam organizar, em tão pouco tempo, uma operação tão vasta".

"Há muitos danos no navio e teremos que fazer alguns testes", acrescentou, "mas estou aliviado, um pouco cansado e com vontade de tomar uma cerveja e dormir".

Durante 10 horas, vários macacos hidráulicos esticaram os cabos de aço unidos ao casco do navio para levantá-lo, enquanto outros cabos, conectados a 13 torres davam equilíbrio ao barco. Os momentos mais incertos e que atrasaram os trabalhos foram durante as primeiras horas, quando o cruzeiro tinha que ser desencalhado e separado das rochas do fundo do mar para começar a ser endireitado.

Outra grande preocupação, sobretudo para os habitantes da Ilha de Giglio, era o possível impacto ambiental que poderia ter a operação para endireitar o navio, mas a presidente do Observatório Ambiental, Maria Sargentini, comunicou que não houve vazamentos e que não haverá "bomba ecológica".

A preocupação se concentra agora no lado do casco que se encontra bastante deformado e isto acrescentará dificuldade para a instalação das 15 boias-estabilizadoras, iguais as que foram instalados do outro lado, que servirão para fazer o navio flutuar. Quando estiverem instaladas, e ainda não se sabe quando, se dará o empurrão para flutuar o navio e poder transferi-lo.

Franco Gabrielli assegurou que, após a primeira inspeção de hoje, o estado do navio é melhor do que esperavam, mas "ainda há muito trabalho a fazer". O responsável da Defesa Civil confirmou que o navio não sairá do mar de Giglio até o ano que vem e que ainda continuam buscando um porto, não muito distante, capaz de receber o enorme cruzeiro para seu desmantelamento.

Para Gabrielli, é prioridade a busca dos dois corpos que ainda não foram encontrados, a passageira Maria Grazia Trecarichi e o membro da tripulação Russel Rebelli.

Naufrágio do Costa Concordia

O cruzeiro Costa Concordia naufragou no dia 13 de janeiro de 2012, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo - 32 morreram. O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão.

Vídeo acelerado mostra início da remoção do Costa Concordia:

EFE   
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