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ONG homossexual italiana compara Vaticano a Uganda

Santa Sé tem demorado para aprovar credenciais de diplomata gay

10 abr 2015 - 13h27
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Imprensa italiana divulgou que a Santa Sé teria demorado para aprovar as credenciais de Laurent Stefanini (foto) como embaixador da França por ele ser gay
Imprensa italiana divulgou que a Santa Sé teria demorado para aprovar as credenciais de Laurent Stefanini (foto) como embaixador da França por ele ser gay
Foto: Twitter

A organização italiana pelos direitos homossexuais Arcigay acusou nesta sexta-feira (10) o Vaticano de ser igual a Uganda, país com leis controversas sobre relações de pessoas do mesmo sexo.

Ontem, a imprensa italiana divulgou que a Santa Sé teria demorado para aprovar as credenciais de Laurent Stefanini como embaixador da França por ele ser gay. "Não estamos surpresos, apenas sentimos raiva. Agora está claro para todos que o Vaticano é igual Uganda", disse Flavio Romani, presidente da Arcigay. "Em Uganda, gays e lésbicas são perseguidos 'em nome de Deus' pelas igrejas fanáticas inspiradas na extrema direita.

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Analogicamente, no Vaticano, as pessoas homossexuais são rejeitadas, apesar de seus méritos e qualificações e até mesmo dos discursos de acolhimento", criticou. Romani também citou a fala do papa Francisco sobre gays ("Quem sou eu para julgá-los?") e ressaltou que a Igreja Católica pratica preconceito contra os homossexuais. "O que aconteceu com Stefanini é discriminação. Não existe outro termo para definir", disse o líder da ONG italiana.

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Ex-chefe de protocolo do palácio do Eliseu, sede da Presidência, e ex-número dois da representação diplomática francesa no Vaticano, Stefanini foi nomeado no último dia 5 de janeiro pelo mandatário François Hollande para substituir Bruno Joubert. Desde então, o posto está vago porque a Igreja ainda não aprovou as credenciais do diplomata.

Em Uganda, por sua vez, vigorava uma lei que proibia a "promoção da homossexualidade", obrigava os cidadãos a denunciarem gays para a polícia e estabelecia penas que iam até a prisão perpétua para quem se relacionasse com pessoas do mesmo sexo. A legislação foi anulada pela Corte Constitucional em agosto do ano passado.

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Fonte: Ansa Brasil
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