Padre romeno que matou freira em exorcismo vive em floresta
Irina Cornici ficou cinco dias amarrada à uma cruz sem comer, nem beber
Um padre que matou uma freira de 23 anos durante um ritual de exorcismo foi expulso da vila onde vivia e obrigado a morar em uma cabana na floresta, informou o Daily Mail.
Daniel Corogeanu, de 33 anos, deixou Irina Cornici amarrada a uma cruz sem comida e sem água por cinco dias em um monastério isolado da Romênia em 2005. O padre, cujo crime inspirou um filme premiado no Festival de Cannes, foi preso no mesmo ano, e após sair da prisão, prometeu construir um monastério em memória de Cornici.
Entretanto, ao chegar ao local onde, supostamente, cumpriria sua promessa, na comuna de Zapodeni, Corogeanu foi perseguido pelos seus moradores e forçado a se esconder.
O crime foi um escândalo nacional, especialmente para a Igreja Ortodoxa Romena, que excomungou o padre e prometeu realizar reformas, que inclui a realização de testes psicológicos por aquels que desejam entrar no monastério. Junto do padre, foram presas outras 4 freiras, que receberam penas de entre 5 e 8 anos de prisão.
Mesmo após as condenações, o caso ainda gera polêmica. Alguns alegam que a corte não considerou a prossibilidade de a vítima ter morrido de uma oversode de adrenalina injetada pelos paramédicos. Um médico legista que fez parte da exumação do corpo da freira concluiu que a moça havia morrido de overdose: "Eu não sei por que os jurados não levaram essa informação em conta".
Também veio a tona, após a morte de Cornici, a informação de que ela havia sido diagnosticada como esquizofrênica e que, portanto, sua "possessão" seria, na verdade, uma crise. "Nós a amarramos porque ela não parava de se bater e se ferir. Nós a encontraríamos morta em seu quarto eventualmente".
Em 1999, o Vaticano informou que os sacerdotes deveriam considerar a psquiatria moderna antes de realizar qualquer ritual de exorcismo.