Papa: diálogo entre cristãos e muçulmanos "exige paciência"
Francisco ainda destacou que o antídoto para a violência é aceitar as diferenças
O Papa Francisco fez um discurso neste sábado na celebração pelos 50 anos do Pontifício Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos (Pisai) e afirmou que, para combater a violência, é preciso aceitar as diferenças. Em seguida, ainda destacou que o diálogo entre cristãos e muçulmanos "exige paciência e humildade" para não causar uma "aproximação improvisada" e "contraproducente".
"O antídoto mais eficaz contra cada forma de violência é a educação para a descoberta e a aceitação da diferença como riqueza e fecundidade", falou Jorge Bergoglio.
O líder da Igreja Católica ressaltou também a importância do Pisai. Segundo ele, o cinquentenário da entidade demonstra a necessidade de um instituto que foque na pesquisa e na formação de "operadores de diálogo" com os muçulmanos no mundo.
"No princípio do diálogo há o encontro. Você se aproxima melhor do outro se ficar na ponta dos pés sem levantar uma poeira que ofusca a visão. Nos últimos anos, sem contar algumas incompreensões e dificuldades, foram dados passos à frente no diálogo inter-religioso também com fiéis do Islã. Por isso, é fundamental o exercício de ouvir", disse.