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Paris: 12 suspeitos de envolvimento nos ataques são presos

16 jan 2015 - 07h23
(atualizado às 08h04)
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<p>Presos forneceram "apoio logístico" para os atentados</p>
Presos forneceram "apoio logístico" para os atentados
Foto: Reuters TV / Reuters

A polícia francesa prendeu, durante a madrugada, 12 pessoas suspeitas de terem ajudado os militantes islâmicos nos ataques da última semana em Paris, informou a procuradoria local nesta sexta-feira, dia de visita do secretário de Estado norte-americano John Kerry.

As prisões foram feitas na região sul de Paris, inclusive em Montrouge, onde uma jovem policial foi morta nos ataques. Os presos são suspeitos de fornecerem "apoio logístico" para os ataques a tiros, disse uma autoridade.

Dezessete pessoas e os três autores dos ataques morreram em três dias de violência, que começou em 7 de janeiro com um ataque de homens armados à sede da revista semanal satírica Charlie Hebdo.

Kerry desembarcou na quinta-feira à noite em Paris. Ele teve encontro com o chanceler francês, Laurent Fabius, nesta sexta de manhã e depois vai se reunir com o presidente François Hollande.

Atentados, assassinatos, sequestros e perseguições em Paris

A sede da revista Charlie Hebdo, em Paris, foi alvo de um ataque que matou 12 pessoas no dia 7 deste mês. De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados invadiram a redação armados de fuzis e, enquanto atiravam nas pessoas que trabalhavam no local, gritaram “vamos vingar o profeta” e Allah akbar (Alá é grande). O semanário já havia sofrido diversas ameaças por publicar charges e caricaturas da figura religiosa de Maomé.

O atentado causou comoção no mundo todo. Manifestações foram organizadas com cartazes escritos "je suis Charlie" (Sou Charlie) e mãos empunhando lápis, o material de trabalho dos quatro cartunistas mortos no episódio.

Cidades da França entraram em alerta máximo para ataque terrorista e 88 mil homens das forças de segurança iniciaram uma caçada aos envolvidos no atentado. Nove pessoas foram presas no dia seguinte. Os irmãos nascidos em Paris e de pais argelinos Cherif Kuachi, 32 anos, e Said Kuachi, de 34, foram identificados como os autores dos disparos. O primeiro já havia sido condenado, em 2008, por ter atuado num grupo que enviava jihadistas ao Iraque.

Nesta sexta-feira (9), a polícia fechou o cerco após os dois irmãos, que estavam foragidos, roubarem um carro e invadirem uma fábrica na cidade de Dammartin-en-Goële, ao norte de Paris, onde mantiveram um refém. Ao mesmo tempo, no leste de Paris, o casal Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly matou  três pessoas em um mercado judaico e fizeram outras dez reféns. Coulibaly, que conheceria um dos irmãos Kuachi, foi identificado pela polícia como o autor dos disparos que mataram uma policial na periferia de Paris no dia anterior.

Após horas de negociações, ambos os lugares foram invadidos pela polícia. Em Dammartin-en-Goële, os irmãos foram mortos e o refém liberado. No mercado, um sequestrador foi morto, assim como um refém, e a outra terrorista permanece foragida. 

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