Uma escritora que colabora para a revista francesa Charlie Hebdo - cuja redação sofreu um atentado terrorista há sete dias, em Paris - deu o seu depoimento sobre o ataque dos dois irmãos Kouachi à redação da publicação. Ela diz que estava na redação no momento do ataque e que um dos terroristas lhe disse que não a mataria, porque ela é mulher. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Segundo a publicação, Sigolène Vinson estava na copa da redação, fazendo café, no momento em que a revista foi invadida. Onze pessoas morreram durante o ataque dentro da sede da Charlie Hebdo e um policial foi assassinado durante a fuga dos atiradores.
Sigolène afirma que ficou frente a frente com um dos atiradores - mais tarde identificado como Said Kouachi - e que ele teria falado com ela enquanto apontava a arma para sua cabeça.
"Ele disse: 'não tenha medo, acalme-se. Não vou te matar. Você é uma mulher e não matamos mulheres. Mas pense sobre o que você faz, o que você faz é ruim. Estou poupando você e, por isso, você vai começar a ler o Alcorão (livro sagrado do Islã)", relembra a escritora.
Sigolène diz que não acreditou que teria a vida poupada e achou injusto que o terrorista falasse que o que a revista fazia era errado. Afinal, eram eles quem tinham matado várias pessoas naquela redação.
"Eu olhei para ele. Ele tinha grandes olhos escuros e um olhar suave", disse ela. Depois do recado, a escritora moveu a cabeça para que o terrorista soubesse que ela tinha entendido o recado.
Mais tarde, Cherif, o outro irmão responsável pelo ataque, teria matado Elsa Cayat, uma mulher que trabalhava na revista. Em repreensão, Said teria gritado três vezes "Nós não matamos mulheres!".
Sigolène disse que todos os tiros foram dados com precisão e que os alvos eram pré-determinados. Além disso, contou que ninguém gritou durante o atentado, porque todos estavam muito nervosos e com medo de morrer.
Depois de passar por cima de corpos de homens executados, a escritora ligou para o serviço de emergência avisando sobre o crime.
Milhares de pessoas se reúnem na Praça da República em Paris, para paricipar da manifestação em homenagem às vítimas dos ataques terroristas à capital francesa
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Manifestantes exibem placas com a seguinte mensagem: " Je Suis Charlie", em referência à revista de humor atacada por dois irmãos terroristas
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Manifestantes sobem no monumento da Praça da República, que expõe os valores exaltados pela França: liberdade, igualdade e fraternidade
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Milhares de pessoas foram convocadas a participar da Marcha da Unidade, em Paris
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Manifestante exibe uma bandeira da França durante concentração na Praça da República
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Manifestação é realizada em memória das vítimas dos autores dos atentados contra a revista de humor Charlie Hebdo e a um mercado judaico de Paris
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O ex-presidente Nicolas Sarkozy recebe os cumprimentos do atual líder francês, François Hollande, no Palácio do Eliseu
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O primeiro ministro espanhol, Mariano Rajoy, é recebido pelo presidente francês antes do início das manifestações
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O rei da Jordânia, Abdullah, e a esposa, a rainha Rania, também foram a Paris para participar das homenagens
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, cumprimenta o presidente da França, François Hollande
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acena para os jornalistas ao ser recebido por Hollande no Palácio do Eliseu
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O presidente palestino, Mahmoud Abbas, é recepcionado pelo colega François Hollande na sua chegada ao Palácio do Eliseu
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Autoridades da Alemanha, Espanha, Jordânia, Israel, Reino Unido e de vários outros países se juntam ao presidente François Hollande durante a marcha pela liberdade
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O presidente francês, François Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
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De braços dados, líderes mundiais marcham pela liberdade de expressão e em homenagem aos mortos nos atentados de Paris
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Manifestantes percorrem as ruas de Paris durante marcha pela liberdade
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Jovem francesa desenha dois lápis sendo atingidos por avião, de modo similar ao ataque as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001
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Familiares de vítima carregam cartaz "Eu sou Michael Saada" durante a marcha em Paris
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Ao todo, 40 líderes mundiais perfilam com os braços entrelaçados em passeata em Paris, em torno do presidente francês, François Hollande
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Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
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Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
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Lápis virou símbolo dos manifestantes contra o ódio provocado pelos extremistas nos atentados em Paris
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Colunista do Charlie Hebdo, Patrick Pelloux muito emocionado durante a marcha pela liberdade
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Homem toca estátua pichada ao lado do símbolo da marcha, "Je Suis Charlie"
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Franceses acedem velas com cair da noite na marcha pela liberdade em Paris
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Uma mulher acende uma luz e reverência os quatro cartunistas mortos no ataque à revista Charlie Hebdo
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Vista geral da marcha pela liberdade neste domingo
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Homem usa lápis durante ato em Paris em homenagem aos cartunistas mortos
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Franceses carregam bandeira do país e faixas em homenagem às vítimas do ataque
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Pessoas escalam monumento em Paris durante ato neste domingo
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Velas são acesas na praça da Liberdade em Paris
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Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
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Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e presidente francês, François Hollande, lado a lado na Grande Sinagoga de Paris