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Parlamento da Ucrânia rejeita moção de censura contra governo

3 dez 2013 - 10h05
(atualizado às 10h22)
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O premiê Azarov acena para parlamentares durante a sessão desta terça-feira
O premiê Azarov acena para parlamentares durante a sessão desta terça-feira
Foto: AP

A Rada Suprema (Parlamento) da Ucrânia rejeitou nesta terça-feira uma moção de censura contra o governo que lidera o primeiro-ministro Nikolai Azarov. A moção, apresentada por três grupos parlamentares opositores - Batkivshina, Udar e Svoboda - obteve o respaldo de apenas 186 legisladores, quando para sua aprovação seriam necessários 226 votos.

No entanto, o Partido Comunista da Ucrânia apresentou outra censura, que será votada mais tarde. O líder do Batkivshina, Arseni Yatseniuk, anunciou imediatamente que apoiará a iniciativa dos comunistas.

A oposição exigia a renúncia das autoridades por sua rejeição a assinar um Acordo de Associação com a União Europeia (UE) e a repressão dos protestos populares, em um crescente clima de revolta na capital. "Nos roubaram a esperança", disse da tribuna o líder do partido Udar, o campeão mundial de boxe Vitali Klitschko, antes da votação. Ele convocou os deputados a apoiarem a moção de censura ao governo e a impedir as atuais autoridades de transformem o país em um "Estado policial".

O líder do partido nacionalista Svoboda, Oleg Tiagnibok, afirmou que o povo ucraniano deve expulsar o "bando de criminosos" que está no poder, exigiu a impugnação do presidente Viktor Yanukovich e a realização de eleições parlamentares e presidenciais antecipadas. As palavras de Tiagnibok foram recebidas com gritos de "Revolução!" do setor de cadeiras que ocupa a oposição.

Desculpas

Por sua vez, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, pediu nesta terça-feira perdão pela repressão policial de uma manifestação no sábado, em Kiev, que deixou dezenas de feridos, em uma declaração ante o parlamento. "Em nome do governo, queria pedir perdão pelas ações das forças de segurança. O presidente e o governo lamentam isso profundamente", afirmou.

No entanto, antes da votação, Azarov defendeu a gestão o governo e exigiu à oposição que ponha um fim no bloqueio ilegal da sede do Executivo. "Os senhores responderão sem falta por tudo isso", disse Azarov dirigindo-se aos deputados opositores.

Ele também refutou as acusações da oposição de que o governo, ao renunciar temporariamente ao acordo de associação com a União Europeia, vendeu Ucrânia à Rússia. "Quem vendeu o país à Rússia foi quem assinou em 2009 os onerosos contratos de gás", disse a Azarov, em alusão à presa ex-primeira-ministra e líder opositora Yulia Tymoshenko, que cumpre atualmente uma pena de sete anos por "abuso de poder".

Com informações das agências AFP  e EFE

Fonte: Terra
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