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Partido contra UE avança nas eleições locais da Grã-Bretanha

Líder do Partido da Independência do Reino Unido prometeu "ir com tudo" para tentar ganhar assentos no Parlamento britânico na eleição nacional em 2015

23 mai 2014 - 13h46
(atualizado às 13h48)
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O partido britânico contrário à União Europeia, o Ukip, conseguiu sua maior votação nas eleições locais, aproveitando o descontentamento com a imigração e os políticos tradicionais para tomar votos dos conservadores, do primeiro-ministro David Cameron, e do Partido Trabalhista, de oposição.

<p>O líder do Partido da Independência do Reino Unido, Nigel Farage (ao centro), comemora com simpatizantes durante uma parada em um pub a eleição de alguns conselheiros, em Basildon, no sul da Inglaterra, em 23 de maio</p>
O líder do Partido da Independência do Reino Unido, Nigel Farage (ao centro), comemora com simpatizantes durante uma parada em um pub a eleição de alguns conselheiros, em Basildon, no sul da Inglaterra, em 23 de maio
Foto: Reuters

Os ganhos do Partido da Independência do Reino Unido (Ukip, na sigla em inglês), que deseja a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, vão intensificar a pressão sobre Cameron para endurecer a sua posição sobre a Europa, e também preocupam alguns conservadores pela possibilidade de o Ukip prejudicar a esperança deles de ganhar a eleição nacional de 2015.

Se a tendência indicada pelos resultados parciais das eleições locais se refletir nas eleições para o Parlamento Europeu, também realizadas na quinta-feira na Grã-Bretanha, a votação vai marcar o maior triunfo eleitoral até o momento para o líder do Ukip, Nigel Farage.

Muitas vezes fotografado com um copo de cerveja na mão e um cigarro na boca, Farage se apresenta como o antídoto para os políticos tradicionais da Grã-Bretanha, a quem ele acusa de ignorar as preocupações do eleitorado sobre todos os assuntos, desde a imigração e a participação na UE até o preço do álcool e a criminalidade.

Farage disse que os resultados representam "a raposa do Ukip no galinheiro Westminster" e prometeu ir com tudo para tentar ganhar assentos no Parlamento britânico na eleição nacional do próximo ano, um objetivo que as pesquisas até agora apontam como improvável.

"Muito bom o sólido desempenho do Ukip em todo o país. Isso é uma coisa realmente interessante: nas grandes áreas dos conservadores, nas grandes áreas dos trabalhistas, estamos conseguindo consistentemente um aumento de até 20 por cento", disse Farage em rede nacional.

"O país inteiro já está farto da elite política no comando e uma mudança é muito necessária", disse John Allen, um motorista de táxi de 41 anos, que votou no Ukip em Essex.

Os resultados parciais de mais de um terço das zonas eleitorais mostraram que o Ukip ganhou 91 novos assentos. Os trabalhistas ganharam 132 novos assentos, e os conservadores perderam 118 e os liberais-democratas perderam 116.

Cameron chamou o Ukip certa vez de um grupo de "malucos e racistas enrustidos" e alguns dos membros do partido têm sido repreendidos por uma série de declarações racistas, sexistas e homofóbicas, inclusive aconselhando as mulheres a limpar casas corretamente e uma afirmação de que inundações no país foram punição para o casamento gay.

Farage, que negou que seu partido seja racista ou sexista, havia prometido usar as eleições europeias e locais para provocar um "terremoto político" na Grã-Bretanha.

No entanto, um sistema de votação diferente na eleição nacional do próximo ano, que favorece os partidos maiores, torna a tarefa difícil. Pesquisas de opinião mostram que muitos eleitores vão votar nos partidos que têm favorecido tradicionalmente.

Uma pesquisa do YouGov sobre as intenções de voto para a eleição do próximo ano publicada nesta sexta-feira aponta o apoio ao Ukip em 14 por cento, atrás dos conservadores e dos Trabalhistas, com 34 por cento cada.

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