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Perante "coroação" de May, oposição britânica pede eleições

11 jul 2016 - 12h44
(atualizado às 13h00)
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Foto: EFE

Os partidos opositores do Reino Unido, liderados pelo Trabalhista, pediram nesta segunda-feira que sejam realizadas eleições gerais antecipadas perante a iminente proclamação da conservadora Theresa May como líder dos "tories" e primeira-ministra.

O porta-voz do partido, Jon Trickett, disse que, em vista da instabilidade gerada pelo voto favorável ao "Brexit" no referendo de 23 de junho, o país precisa de um chefe de governo "eleito democraticamente". Trickett acrescentou que colocará o Partido Trabalhista "em estado de alerta" perante a possibilidade que existam novas eleições, e pediu união em torno da líder, Jeremy Corbyn, cuja liderança foi formalmente desafiada hoje pela deputada Angela Eagle.

O líder do Partido Liberal-Democrata, Tim Farron, também declarou que devem ser convocadas eleições após "a coroação" de Theresa May, que será proclamada líder conservadora e próxima primeira-ministra após a renúncia de sua única rival, Andrea Leadsom.

"Os 'tories' não têm mandato. O Reino Unido merece algo melhor do que isto", afirmou.

A candidata à liderança do Partido Verde, a deputada Caroline Lucas, ressaltou, por sua vez, que "está mais claro do que nunca" que são necessárias novas eleições.

Embora os conservadores tenham vencido as eleições gerais de maio de 2015 por maioria absoluta, os partidos da oposição consideram que a mudança de primeiro-ministro após o voto favorável ao "Brexit" deve ser referendada nas urnas. O atual primeiro-ministro, David Cameron, anunciou sua renúncia após perder o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, apesar de dizer que ficaria à frente do governo até seu sucessor ser eleito.

May está à espera de receber a aprovação formal do grupo parlamentar conservador para ser proclamada líder deste partido. Depois disso, ela deverá se reunir com a rainha Elizabeth II para receber desta o pedido de formar governo como primeira-ministra. A titular do Interior, de 59 anos, tem o caminho livre para possuir os dois cargos depois da renúncia de sua única rival, Andrea Leadsom, que argumentou que May tinha mais apoio entre os parlamentares para dirigir um governo forte.

EFE   
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