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Pizza napolitana pode se tornar patrimônio da humanidade

Um documento que pede o reconhecimento à Unesco já foi assinado por 30 mil pessoas

14 out 2014 - 17h54
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<p class="text">A pizza napolitana deve ser assada a 485 graus para chegar a uma consist&ecirc;ncia suave e el&aacute;stica, a espessura na parte central n&atilde;o deve ter mais do que 0,4 cent&iacute;metros, e as bordas, douradas, no m&aacute;ximo 1 a 2 cent&iacute;metros</p>
A pizza napolitana deve ser assada a 485 graus para chegar a uma consistência suave e elástica, a espessura na parte central não deve ter mais do que 0,4 centímetros, e as bordas, douradas, no máximo 1 a 2 centímetros
Foto: Twitter

Prato fundamental da gastronomia italiana e autêntico emblema do país, a pizza napolitana quer agora se tornar Patrimônio da Humanidade.

O embaixador e secretário-geral da Unesco na Itália, Lúcio Alberto Savoia, recebeu nesta terça-feira 30 mil assinaturas que pedem que o órgão dê à pizza esse reconhecimento.

Promovida pelo ex-ministro de Agricultura e Meio Ambiente Alfonso Pecoraro Scanio, esta reivindicação surgiu em setembro a partir de um abaixo-assinado publicado na página change.org, colhendo rapidamente o apoio de milhares de internautas.

"Perseguimos que se reconheça a pizza como patrimônio da humanidade porque constitui uma parte elementar do 'Made in Italy' e da cultura deste país", explicou Pecoraro Scanio.

O ex-ministro justificou a necessidade de reconhecer a "arte da pizza napolitana" com este selo porque se trata de "um grande saber com mais de 200 anos de antiguidade".

A cada ano a comissão nacional da Unesco apresenta uma candidatura de bens imateriais que concorre em nível internacional para se transformar em Patrimônio da Humanidade.

E esse é precisamente o objetivo do recolhimento das assinaturas: mostrar o apoio dos cidadãos para que a pizza napolitana e a arte de prepará-la seja a escolhida em 2016.

Caso conquiste esse reconhecimento, a pizza napolitana se unirá a outros bens imateriais italianos já catalogados como Patrimônio da Humanidade, como as obras de marionetes sicilianas, o canto dos cantores sardos, a arte do violino de Cremona e os passos das procissões religiosas.

Pecoraro Scanio destacou também que esta marca da Unesco ajudará a garantir que as pizzas de todo o mundo sejam elaboradas com produtos de origem italiana.

Em fevereiro de 2010 a pizza napolitana foi reconhecida pela União Europeia (UE) como uma "Especialidade Tradicional Garantida" (ETG). Esta certidão, que alguns alimentos possuem, não faz referência à origem do produto, mas destaca uma composição ou um modo de produção tradicional.

A pizza napolitana, segundo a UE, deve apresentar um diâmetro de no máximo 35 centímetros e a massa deve pesar entre 180 e 250 gramas.

Ela deve ser assada a 485 graus para chegar a uma consistência suave e elástica, a espessura na parte central não deve ter mais do que 0,4 centímetros, e as bordas, douradas, no máximo 1 a 2 centímetros.

O evento serviu também para o presidente da Associação de Pizzaiolos de Nápoles, Sergio Miccù, reivindicar a necessidade de a elaboração da pizza ser regrada em escolas de formação. "Os pizzaiolos serão os embaixadores desta arte no mundo todo".

Os promotores da iniciativa percorrem a Itália nas próximas semanas para conquistar apoios.

EFE   
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