Mais de três mil homens da polícia parisiense tentam localizar os três homens que invadiram a sede do semanário Chalie Hebdo, no coração de Paris, e abriram fogo contra os funcionários. Doze pessoas morreram, entre elas o diretor da publicação três cartunistas.
O semanário tem um histórico de provocações ao islã, como quando publicou charges de Maomé.
O atentado gerou uma onda de condenações da comunidade internacional, inclusive de lideranças muçulmanas, que destacaram a necessidade de separar o islã do uso da violência.
Confira como aconteceu o ataque, de acordo com o horário de Paris.
12:25 - A imprensa francesa noticia que pelo menos um homem armado invadiu a sede do semanário Charlie Hebdo, famoso pelas sátiras de líderes muçulmanos, e abriu fogo contra funcionários.
12:30 - As informações sobre vítimas ainda são desencontradas. Segundo o canal de TV iTELE, foram dez mortos. A polícia confirma um mortos e três feridos.
2:32 - O presidente François Hollande anuncia uma reunião de emergência de seu gabinete para tratar do assunto.
12:37 - Uma fonte policial citada pela agência de notícias AP diz que foram pelo menos 11 mortos no tiroteio. O número de atiradores segue incerto.
12:41 - A redação do semanário já havia sido alvo de um ataque à bomba em novembro de 2011, após a publicação de charges do profeta Maomé. Ninguém ficou ferido então.
12:49 - O nível de alerta em Paris é elevado para o nível máximo.
12:52 - Hollande diz que ataque foi atentado terrorista, promete encontrar os responsáveis e apela à união nacional.
12:55 - Segundo a imprensa francesa, o atentado contra a redação do Charlie Hebdo, semanário satírico baseado em Paris, foi realizado por um grupo armado com fuzis Kalashnikovs e até um lançador de foguete. São confirmadas 11 mortes. Os atiradores fogem.
13:00 - Hollande confirma os 11 mortos e diz que há outras quatro pessoas em estado crítico. "É um atentado terrorista!", diz o presidente à imprensa.
13:12 - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, condena o ataque: "Nós estamos com o povo francês na luta contra o terror e em defesa da liberdade de imprensa."
13:21 - Em janeiro de 2013, o semanário provocou polêmica internacional e despertou a ira da comunidade islâmica com o lançamento de uma história em quadrinhos sobre a vida do profeta islâmico Maomé, em tom satírico.
13:28 - Entre os 11 mortos, dois são policiais. Dos dez feridos, quatro estão em estado grave. Segundo o jornal Le Monde, ao invadirem a redação do semanário, os atiradores gritaram "vingamos o profeta" e "Allahu Akbar" (Deus é grande).
13:31 - Paris está em estado de alerta máximo. As sedes de jornais e revistas estão sob vigilância policial.
13:41 - Um porta-voz da polícia eleva o número de mortos para 12.
13:45 - "Nós recebemos ameaças por e-mail, por telefone, o tempo todo. Mas não levamos muito a sério. Nós nos acostumamos", disse um funcionário do Charlie Hebdo, que não estava no local do atentado.
13:50 - A redação do Charlie Hebdo fica no centro de Paris, próxima a pontos turísticos famosos, como a Catedral de Notre-Dame e a Praça da Bastilha.
13:58 - O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, chama o ataque de barbárie. "Estou profundamente chocado com esse ataque desumano e brutal. É intolerável."
14:04 - "Não se trata de provocação", diz Gérard Biard, editor do semanário, em entrevista à DW em setembro de 2012. Ele afirma que a publicação exerce o direito da liberdade de expressão ao publicar desenhos de Maomé e não é responsável por eventuais reações violentas.
14:21 - A chanceler federal alemã, Angela Merkel, qualifica o atentado como um ataque à liberdade de imprensa e expressão. A Casa Branca também condena o ocorrido.
14:27 - A polícia de Paris ainda busca os terroristas. Cerca de 3 mil homens estão mobilizados para tentar encontrar os atiradores, que seriam três.
14:35 - Aos poucos, a polícia identifica os mortos no atentado. Entre eles está Stephane Charbonnier, editor do semanário, e três cartunistas.
14:45 - "Há a possibilidade de outros ataques. Estamos fazendo a segurança de outros lugares", diz o policial Rocco Contento.
14:50 - No Palácio do Eliseu, sede do governo francês, uma reunião emergencial de ministros trata do atentado.
15:05 - A Liga Árabe divulga um comunicado de repúdio ao atentado em Paris. O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM) classifica o ataque como um ato de barbárie e diz que o islã repudia qualquer tipo de violência.
15:10 - A polícia encontra o carro usado pelos atiradores no 20º Arrondissement de Paris, região com grande população de imigrantes.
15:20 - Até o momento, nenhuma organização terrorista reivindica o atentado.
15:22 - O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, confirma que três atiradores perpetraram o ataque. Ele diz que os terroristas estão sendo buscados com todos os meios disponíveis pelas autoridades francesas.
Vídeo mostra homens atirando em policial em ataque em Paris:
15:35 - Um vídeo feito com um celular por um morador da rua onde aconteceu o ataque circula na internet. Ele mostra dois terroristas, encapuzados e armados com fuzis, atirando contra um policial, que é executado com um tiro na cabeça quando já está ferido, no chão.
15:42 - A sede do jornal espanhol El País é evacuada após um pacote suspeito ter sido descoberto. Mais de 300 pessoas trabalham no local.
16:10 - A presidente Dilma Rousseff divulga nota em que diz ter recebido, com "profundo pesar e indignação", a notícia do "sangrento e intolerável atentado terrorista" à redação do Charlie Hebdo, nesta quarta-feira. "Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa", registra a presidente, que presta condolências aos parentes das vítimas.
16:20 - O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), que representa os muçulmanos na França, condena o atentado. "Este ato bárbaro de extrema gravidade é também um ataque à democracia e à liberdade de imprensa." A comunidade muçulmana da França é a maior da Europa e reúne de 3,5 milhões a 5 milhões de pessoas.
16:27 - A segurança é reforçada ao redor da sede do jornal dinamarquês Jyllands-Posten, que publicou caricaturas do profeta Maomé em setembro de 2005. A direção do jornal diz seguir de perto a situação na França. Os desenhos dinamarqueses foram reproduzidos pelo Charlie Hebdo alguns meses mais tarde. Kurt Westergaard, o autor das caricaturas mais controversas, que escapou a uma tentativa de assassínio na sua casa em 2010, declarou-se hoje chocado com o ataque "assustador e horrível".
16:45 - De luto, o Palácio do Eliseu recolhe a bandeira francesa.
16:50 - Entre os mortos, está o cartunista George Wolinski, de 80 anos. Ele é considerado o maior nome do quadrinho francês e um dos maiores do mundo.
A revista satírica "Charlie Hebdo", que foi ameaçada no passado por ter publicado caricaturas de Maomé, foi alvo nesta quarta-feira em Paris de um ataque
Foto: AFP
Ao menos 12 pessoas morreram em ataque
Foto: AFP
Quatro cartunistas e dois policiais estão entre as vítimas fatais
Foto: AFP
O presidente francês afirmou que se trata de um ataque terrorista
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Equipes de segurança e emergência estão no local
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Homens armados atacam sede de revista francesa; tiroteio deixa ao menos 12 mortos
Foto: The Telegraph / Reprodução
Homens armados atacam sede de revista francesa; tiroteio deixa ao menos 12 mortos
Foto: The Telegraph / Reprodução
Ao menos dois homens armados atacaram a sede da revista em Paris
Foto: The Telegraph / Reprodução
Vítimas são retiradas no prédio
Foto: The Telegraph / Reprodução
Bombeiros e policiais trabalham no resgate das vítimas do ataque terrorista contra a revista satírica "Charlie Hebdo"
Foto: Philippe Wojazer / Reuters
Vítima do atentado à revista "Charlie Hebdo" é socorrida por bombeiros
Foto: <p>Vítima do atentado à revista "Charlie Hebdo" é socorrida por bombeiros</p>
Ao todo, doze pessoas foram mortas no atentado, incluindo três cartunistas e o editor-chefe da revista
Foto: <p>Ao todo, doze pessoas foram mortas no atentado, incluindo três cartunistas e o editor-chefe da revista</p>
Pessoas se abraçam em frente ao escritório da revista "Charlie Hebdo" após atentado
Foto: Remy de la Mauviniere / AP
A Torre Eiffel de Paris, um dos monumentos mais emblemáticos do mundo, apagou sua luzes em homenagem às vítimas do atentado.
Foto: AFP
Forças policiais de intervenção procuram dois suspeitos de cometerem o atentado
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Policial faz vigília em Porte de la Villete, um dos acessos da cidade de Paris, durante a busca pelos suspeitos do atentado.
Foto: EFE en español
Policiais franceses com um cão farejador em local de tiroteio perto de Paris. 08/01/2015
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Cartazes de solidariedade na Praça da República em Paris
Foto: EFE en español
Cherif (esquerda) e Said Kuachi, os dois suspeitos do ataque à revista satírica Charlie Hebdo.
Foto: AP
Franceses e brasileiros se uniram em homenagem aos mortos no atentado contra a revista francesa, em Paris
Foto: André Naddeo / Terra
Um cartaz onde está escrito "Somos todos Charlie Hebdo" é erguido na embaixada francesa em Washington, nos EUA
Foto: Gary Cameron (UNITED STATES - Tags: POLITICS CRIME LAW CIVIL UNREST) / Reuters
Homem exibe cartaz com a mensagem "Eu Sou Charlie", em referência à revista francesa Charlie Hebdo, durante vigília na praça Republique, em Paris, em homenagem às vítimas do atentado ocorrido na redação da publicação, nesta quarta-feira. 07/01/2015
Foto: Youssef Boudlal / Reuters
Jornalistas da redação da agência AFP seguram cartazes em solidariedade às vítimas do ataque à revista Charlie Hebdo, em Paris
Foto: Bertrand Guay / AFP
Mulher segura cartaz com a frase "Eu sou Charlie" em frente ao Portão de Brandemburgo, perto da embaixada francesa em Berlim, para protestar contra o atentado à revista satírica francesa Charlie Hebdo. 07/01/2015
Foto: Fabrizio Bensch / Reuters
Atos de apoio a vítimas de ataque se espalham pela Europa
Foto: EFE
Governo francês elevou o alerta contra terrorismo ao nível máximo
Foto: AFP
Milhares de pessoas participam de uma vigília, na praça Republique, no centro de Paris
Foto: EFE en español
Uma pessoa ferida é transportada em uma ambulância depois do tiroteio
Foto: AP
Policiais investigam tiroteio na sede da revista francesa Charlie Hebdo, em Paris, na França, nesta quarta-feira. 07/01/2015
Foto: Youssef Boudlal / Reuters
Capa do dia da revista Charlie Hebdo, nesta quarta-feira
Foto: BBC Brasil / Reprodução
Nesta imagem de arquivo, o cartunista Charb, que ocupava o cargo de editor-chefe da revista, posa na redação da Charlie Hebdo, em Paris
Foto: Jacky Naegelen / Reuters
Polícia busca os culpados pelo atentado terrorista na revista satírica francesa
Foto: Reuters
Polícia fecha posto onde suspeitos teriam sido vistos na manhã seguinte ao atentado
Foto: Twitter
Funcionários do portal Mashable também realizaram uma homenagem aos jornalistas que morreram no atentado
Foto: Mashable / Twitter
Milhares de pessoas se reuniram em Paris, em homenagem às vítimas do sangrento atentado contra a revista humorística Charlie Hebdo
Foto: Twitter
Jornalistas da AFP protestam contra o ataque segurando cartazes
Foto: Loic Venance / AFP
Policiais buscam evidências enquanto homem não identificado é detido em operação na cidade francesa de Reims. 08/01/2015
Foto: Christian Hartmann / Reuters
"Nossa melhor arma é a nossa união. Nada pode nos dividir, nada deve nos separar", declarou Hollande, chefe de Estado da França
Foto: Philippe Wojazer / Reuters
Atos foram convocados por vários sindicatos, associações, meios de comunicação e partidos políticos
Foto: Reuters
Cerca de cinco mil pessoas se reuniram a partir das 17h locais (14h de Brasília) na praça da República, perto da sede do semanário.
Foto: Reuters
Diversos cartazes foram levantados em memória dos que morreram no ataque
Foto: Reuters
Velas foram acesas em homenagem às vítimas da revista semanal
Foto: Reuters
Ataque deixou 12 pessoas mortas na redação da revista
Foto: Reuters
Flores foram levadas para o ato em homenagem às vítimas do atentado
Foto: Reuters
Manifestação durou a noite toda em Paris
Foto: Reuters
Milhares de pessoas participam de uma vigília, na praça Republique, no centro de Paris
Foto: AFP
Alguns usavam adesivos e cartazes onde se podia ler a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), que também circula nas redes sociais
Foto: AFP
Polícia revista pessoa que andava no entorno do mercado onde terroristas fizeram reféns
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
População local observa cerco da polícia ao mercado judaico em Paris
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
Ambulâncias e resgate foram disponibilizados para os sobreviventes da invasão.
Foto: Michel Euler / AP
População que ficou presa dentro do mercado saiu correndo do local; informações iniciais apontam que quatro reféns morreram na operação.
Foto: Michel Euler / AP
Polícia foi obrigada a usar força dentro mercado, matando um dos terroristas e libertando dezenas de reféns presentes no local. Um refém acabou morto e a sequestradora fugiu.
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
Perímetro foi isolado pelas forças de segurança, que trabalham ativamente desde quarta-feira, quando 12 pessoas foram mortas dentro da sede da Charlie Hebdo.
Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters
Grande contingente policial francês foi deslocado para tentar solucionar a questão.
Foto: Dan Kitwood / Getty Images
Respectivamente, Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly, que mantiveram reféns no mercado judaico.
Foto: Twitter
O casal terrorista Hayat Boumediene e Amedy Coulibaly fez reféns dentro de um mercado judeu no leste de Paris, nesta sexta-feira. Outras três pessoas foram mortas por eles.
Foto: Gonzalo Fuentes / Reuters
Ao todo, cerca de 88 mil homens das forças armadas francesas participaram, por três dias, da caçada ao suspeito de envolvimento no ataque a revista Charlie Hebdo
Foto: Twitter
Por fim, a polícia invadiu o local e matou os dois irmãos. O refém foi liberado e passa bem.
Foto: Twitter
A polícia falou por celular com os irmãos durante o cerco a fábrica.
Foto: Twitter
Cerco policial foi formado para capturar os irmãos Said e Cherif Kouachi.
Foto: Christian Hartmann / Reuters
Os terroristas mantiveram um refém dentro de uma fábrica ao nordeste de Paris.
Foto: Pascal Rossignol / Reuters
Cherif Kuachi e Said Kuachi, irmãos suspeitos do atentado terrorista na revista Charlie Hebdo na quarta-feira, foram vistos na manhã desta sexta na cidade de Dammartin-en-Goele, no norte da França.
Foto: Thibault Camus / AP
Chinesa carrega cartaz em homenagem ao jornal alvo dos ataques na última quarta-feira, em francês e chinês
Foto: Reuters
Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu chega a Grande Sinagoga de Paris para discurso em homenagem às vítimas do ataque ao mercado kosher
Foto: Reuters
O presidente francês, Francois Hollande, conforta o colunista do Charlie Hebdo Patrick Pelloux durante a marcha pela liberdade
Foto: Reuters
Pessoas escalam o monumento da Queda da Bastilha durante os últimos momentos da marcha pela liberdade
Foto: EFE
Jovens sobem no monumento 'O Triunfo da República', no fim da marcha pelas ruas de Paris
Foto: Fernando Diniz / Terra
Cartaz que foi o mote da manifestação, "Eu sou Charlie" é visto no meio da manifestação
Foto: Reuters
Manifestação foi até o cair, com velas sendo acendidas pelos franceses
Foto: Reuters
No dia 14 de janeiro, franceses fizeram fila para comprar a primeira edição da revista após o ataque terrorista
Foto: Bertrand Guay / AFP
Fila é formada em banca de jornais; franceses encontraram dificuldades em comprar o Charlie Hebdo
Foto: Fernando Diniz / Terra
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