Polícia detém 23 pessoas e apreende 31 armas na França
Ao todo, 23 pessoas foram detidas nas inspeções realizadas pelas forças de segurança francesas nas últimas horas, nas quais foram apreendidas 31 armas, sendo quatro delas "de guerra", conforme informou nesta segunda-feira (16) o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve.
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As operações ocorreram em 19 departamentos do país durante o estado de emergência decretado após os atentados de sexta-feira passada, que autoriza as inspeções residenciais.
Desde sexta-feira, foram decretadas 104 prisões domiciliares e 168 inspeções que "permitem acelerar as investigações sobre os alvos radicalizados e alimentar as informações conseguidas".
Cazeneuve, que não detalhou se os registros e detenções tinham a ver com os atentados que deixaram pelo menos 129 mortos, afirmou que há "vínculos" entre quadrilhas de criminosos e os grupos terroristas.
O ministro assinalou que foram encontrados 18 compartimentos de drogas e que foi confiscado material informático e telefônico para ser investigado.
Como exemplo, Cazeneuve citou a inspeção de um domicílio no departamento do Ródano que pertencia a uma pessoa relacionada ao tráfico de armas e que apresentou laços com o movimento jihadista radical. No imóvel do suspeito foram encontradas várias armas, assim como na de seus pais, onde também foi achado um lança-granadas.
O ministro do Interior explicou que o arsenal jurídico iniciado pelo governo para lutar contra o terrorismo permitiu evitar seis atentados, assim como a expulsão de 34 supostos jihadistas ou pessoas que espalham o ódio.
A França rejeitou a entrada de 62 indivíduos considerados possíveis ameaças à segurança do país, enquanto foram evitadas 203 tentativas de saída ao exterior.
Seis pessoas tiveram a nacionalidade retirada em virtude de uma lei aprovada pelo governo e 87 páginas da internet que faziam apologia à violência foram bloqueadas.
Cazeneuve disse que ainda estão sendo feitas as operações de dissolução de associações culturais que escondem fins violentos e a busca de mesquitas que incitam a violência, cujo fechamento será decretado pelo Executivo nos próximos dias.