Sobe para 17 o número de mortes em incêndio no Reino Unido
A Polícia Metropolitana de Londres (Met) elevou nesta quinta-feira (15) para 17 o número de mortos no incêndio ocorrido em um edifício residencial na zona oeste da capital do Reino Unido, e informou que "dezenas" de pessoas continuam desaparecidas.
Em um pronunciamento à imprensa, o comandante Stuart Cundy indicou que o número de mortos pode aumentar. A tragédia aconteceu no edifício Grenfell, um imóvel de 24 andares e 120 apartamentos, onde viviam entre 400 e 600 pessoas.
O Corpo de Bombeiros informou hoje que não espera encontrar mais ninguém com vida no interior edifício.
Em sua declaração à imprensa, Cundy também indicou que a operação de busca e resgate no imóvel incendiado levará "muito tempo" e que atualmente há equipes especializadas no imóvel.
Após confirmar que ainda não foi possível determinar a origem do fogo, Cundy contou que as equipes especializadas levaram ao edifício cães treinados para tentar encontrar os desaparecidos, que o comandante estimou em "dezenas" ao não poder oferecer números concretos.
Ao ser questionado pelos jornalistas, Cundy descartou que o incidente esteja relacionado com o terrorismo, ao esclarecer que "não há nada" que indique esta hipótese.
A partir de agora, o inspetor-chefe da Met, Matt Bonner, ficará o encarregado de liderar as investigações, informou o comandante.
Quanto aos feridos, Cundy confirmou que "37 pessoas ainda estão recebendo tratamento, das quais 17 estão em estado crítico".
"Como já dissemos ontem, a nossa prioridade absoluta é identificar e localizar as pessoas que continuam desaparecidas", afirmou o policial.
O comandante do Corpo de Bombeiros de Londres, Dany Cotton, que também estava presente na coletiva, alertou que seus efetivos vão fazer uma "busca minuciosa" e acrescentou que isto "será, obviamente, um processo muito lento e doloroso".
A primeira-ministra britânica, Theresa May, que prometeu a realização de "uma investigação adequada" sobre o trágico incidente, visitou hoje o local do incêndio, onde conversou com efetivos dos serviços de emergência.
De acordo com a imprensa britânica, os especialistas acreditam que o uso de polietileno no revestimento do edifício, que foi colocado em 2015, poderia explicar a velocidade com a qual o fogo se propagou.