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Polônia lembra 72º aniversário da libertação de Auschwitz

27 jan 2017 - 07h34
(atualizado às 09h17)
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Famosa entrada do campo de concentração de Auschwitz
Famosa entrada do campo de concentração de Auschwitz
Foto: Reuters

A primeira-ministra da Polônia, Beata Szydlo, preside nesta sexta-feira os atos comemorativos do 72º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz, que em 27 de janeiro de 1945 foi tomado por soldados do Exército vermelho após quatro anos de funcionamento.

Szydlo estará acompanhada de 60 sobreviventes de Auschwitz e delegados de vários países, entre eles Israel e Rússia.

Coincidindo com esta comemoração, o museu-memorial no qual hoje se transformou o antigo campo de concentração organizou uma exposição na sede da Unesco em Paris de objetos pessoais de ex-prisioneiros achados em 1967 durante os trabalhos arqueológicos na região das câmaras de gás, artigos que permaneciam armazenados e que nunca tinham sido mostrados até agora.

Sobreviventes caminham pelo campo de Auschwitz
Sobreviventes caminham pelo campo de Auschwitz
Foto: Reuters

Parte destes objetos também serão expostos a partir de hoje no próprio museu de Auschwitz sob o título "Arqueologia".

O lema deste 72º aniversário é "Tempo", simbolizado por um relógio achado durante os trabalhos arqueológicos de 1967, e que permaneceu esquecido em um armazém durante as últimas décadas junto a outros 16 mil objetos achados nessas escavações.

"O tempo inevitavelmente nos afasta da história de Auschwitz, e a memória representa sempre nossa luta contra a passagem do tempo", explicou o diretor do museu de Auschwitz, Piotr Cywinski.

Neste sentido, ele ressaltou a importância de "assegurar que as gerações posteriores conheçam os perigos do populismo, da xenofobia, do antissemitismo e dos diversos nacionalismos radicais".

Em 27 de janeiro de 1945 o Exército soviético abriu as portas de Auschwitz-Birkenau e pôs fim ao cativeiro dos 7.000 prisioneiros que ainda permaneciam dentro de suas cercas, já abandonados pelos guardiães.

Lá os soldados "vermelhos" encontraram mais de um milhão de peças de roupa, cerca de oito toneladas de cabelo humano que os nazistas aproveitavam, junto com outras partes dos corpos de suas vítimas, como se tratasse de uma fazenda humana.

Estima-se que mais de um milhão de pessoas, em sua maioria judeus, morreram em Auschwitz e no campo anexo, Birkenau, devido às surras, às câmaras de gás, à fome, ao esgotamento e às doenças.

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EFE   
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