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Prefeito de Veneza renuncia após acusações de corrupção

Giorgio Orsoni teria recebido em 2010 milhares de euros de financiamento ilegal de uma rede de corrupção para sua campanha

13 jun 2014 - 11h16
(atualizado às 11h18)
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<p>O prefeito Giorgio Orsoni é fortografado no palácio de Veneza, em 8 de abril de 2010</p>
O prefeito Giorgio Orsoni é fortografado no palácio de Veneza, em 8 de abril de 2010
Foto: AP

O prefeito de Veneza, Giorgio Orsoni, anunciou nesta sexta-feira sua renúncia após ser libertado na quinta por acusações de um suposto delito de financiamento ilegal de sua campanha eleitoral em 2010.

Orsoni foi detido no dia 4 de junho junto com outras 34 pessoas no marco de uma operação contra uma rede de corrupção relacionada com a construção de "Moisés", o sistema de diques para frear as inundações regulares em Veneza.

O prefeito foi posto em prisão domiciliar sob a acusação de ter recebido desta rede de corrupção cerca 110 mil euros de financiamento ilegal para sua campanha para as eleições municipais em 2010.

Orsoni explicou ontem após ficar em liberdade que não tinha intenção de renunciar, mas hoje perante a imprensa declarou que sempre tinha atuado a favor de Veneza e que deixa seu cargo perante as "reações de oportunismo por parte de alguns membros da Junta municipal".

Após ser posto em liberdade, Orsoni declarou que sobretudo tinha se sentido abandonado por sua legenda, o Partido Democrata.

O prefeito foi posto em liberdade depois que seu advogado, Daniele Grasso, apresentou ao juiz instrutor do caso, Alberto Scaramuzza, um pedido para pactuar a pena com quatro meses de reclusão e uma multa de 15 mil euros.

O juiz terá agora que analisar se aceita pactuar a pena com estas condições.

O prefeito permanecerá em seu cargo ainda durante 20 dias para concluir as questões mais urgentes.

Após as pesquisas, que duraram cerca de três anos, os investigadores declararam que membros do consórcio Nova Veneza, que reunia as empresas que estão construindo o "Moisés", tinham criado um enorme rede que criava fundos falsos que serviam "para corromper políticos e funcionários" a favor de algumas sociedades.

EFE   
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