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"Problema de refugiados não é europeu, é alemão", diz premiê

3 set 2015 - 07h11
(atualizado às 09h01)
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O primeiro-ministro húngaro,Viktor Orbán, afirmou nesta quinta-feira que o problema da crise de refugiados e de migração "não é europeu, mas alemão", e explicou que não deixa que essas pessoas abandonem a Hungria porque têm que ser registradas.

Foto: EFE

"Não é uma questão de estratégia. Temos regulações muito claras e os chanceleres da Áustria e Alemanha disseram claramente que ninguém pode sair sem ter sido registrado. Não é uma estratégia, é cumprir a legislação", disse Orbán depois de se reunir com o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz.

"Cá entre nós, o problema não é europeu; é um problema alemão. Ninguém quer permanecer na Hungria. Não temos nenhum problema com os que querem ficar, mas ninguém quer permanecer. Todos querem ir à Alemanha e nosso trabalho é registrá-los", acrescentou.

O primeiro-ministro húngaro explicou que não deixa que os refugiados abandonem a Hungria por trem porque assim exigem os chanceleres da Alemanha, Angela Merkel, e da Áustria, Werner Faymann, além das regulações comunitárias.

"Não se pode passar por uma fronteira, ir a uma estação de trens, cantar o nome da Alemanha e de Angela Merkel e obrigar a polícia húngara a sair das regulações europeias. Se o controle for eficaz na fronteira, ótimo. Senão, faça isso em outro lugar, inclusive nas estações", assinalou.

Foto: EFE

Orbán também se referiu ao pacote legal que o parlamento húngaro debaterá hoje e que estabelece penas de prisão para quem entra de forma ilegal no país, e à construção de uma "barreira física", em referência à cerca que seu país constrói para impedir a chegada em massa de refugiados e migrantes.

"Tudo isto junto pode criar uma nova situação na Hungria e na Europa a partir de 15 de setembro", declarou, salientando que seu governo informará durante uma semana aos litigantes de asilo, aos traficantes e aos países vizinhos da nova regulação e de como podem ingressar ao país legalmente.

"Acredito que fará sentido e obterá êxito e assim a Hungria estará à frente do controle da fronteira e em uma situação para cumprir as regulações criadas pelos líderes europeus para os Estados-membros", comentou o primeiro-ministro húngaro.

Por fim, Orbán pediu a Schulz que o parlamento europeu não critique à Hungria "por fazer o que é sua obrigação e que em troca deixe que faça seu trabalho, como figura nas regulações da União".

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EFE   
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