Premiê italiano promete reforma e minimiza Juncker na UE
O primeiro ministro italiano Matteo Renzi prometeu neste domingo reformas para reduzir a burocracia e incentivar os investimentos e sugeriu que Jean-Claude Juncker pode não ter o apoio da Itália para ser o próximo presidente da Comissão Europeia.
Falando em conferência econômica na cidade de Trento, no norte da Itália, Renzi disse que ao final de julho apresentará um pacote de medidas chamado de "Itália Destravada", para tentar movimentar a economia após uma recessão de dois anos.
A legislação eliminaria os complicados procedimentos de autorização de vários tipos de iniciativa econômica e "desbloquearia programas que foram mantidos por 40 anos", disse o ex-prefeito de Florença, de 30 anos.
Quando perguntado sobre questões europeias durante uma sessão de perguntas e respostas, Renzi disse que uma discussão sobre quem deveria ser o próximo presidente da Comissão Europeia é necessária e que Jean-Claude Juncker não é o único candidado.
Juncker, ex-presidente de Luxemburgo, foi apresentado como candidado para liderar a Comissão pelo Partido do Povo Europeu, que venceu a maioria das cadeiras nas eleições da semana passada para o Parlamento Europeu.
No entanto, Renzi, líder do Partido Democrático de centro-esquerda da Itália, que venceu mais de 40 por cento nas eleições, disse que Juncker não tem maioria garantida nem direito automático ao cargo.
"Juncker é 'um' nome para a Comissão, mas ele não é 'o' nome", disse.