O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, disse neste sábado que eventos recentes no país são um golpe de Estado e anunciou que não renunciará, em entrevista concedida ao canal de televisão "UBR".
"Os eventos que o nosso país e todo o mundo viram são um exemplo de golpe de Estado. Tentam me amedrontar para que apresente voluntariamente minha renúncia. Mas não tenho intenção de renunciar", disse Yanukovich, que respondeu às perguntas em russo.
Yanukovich qualificou o que ocorre como "uma repetição do nazismo, quando nos anos 30 na Alemanha e Áustria os nazistas chegaram ao poder".
"Adotamos duas leis sobre anistia, demos todos os passos que estabilizariam a situação política no país. Mas passou o que se passou", disse. O líder ucraniano, que reconheceu ter deixado ontem à noite Kiev para ir para a cidade de Kharkiv, acrescentou que faz todo o possível "para que no país não haja um derramamento de sangue".
"Me estão informando que existem pessoas que estão sendo perseguidas. Eu faço todo o possível para defender o povo, para que possa comparecer ao trabalhos e às escolas, e para deter o derramamento de sangue", afirmou.
O presidente ressaltou que não tem intenção de abandonar a Ucrânia e que não assinará nenhuma das decisões ilegais aprovadas nas últimas horas pela Rada Suprema (Parlamento), controlada agora pela oposição pois vários deputados do governante Partido das Regiões deixaram a legenda.
"Esta não é oposição, são bandidos. Na saída do Parlamento batem, lançam pedras e intimidam", criticou. A Rada assumiu hoje a coordenação dos trabalhos do governo, nomeou um novo presidente da Câmara, designou um novo ministro do Interior interino e aprovou uma lei que permitirá a libertação da ex-primeira-ministra e líder opositora Yulia Tymoshenko.
Segundo números oficiais, pelo menos 80 pessoas morreram nesta semana nos violentos distúrbios que explodiram na capital ucraniana após três meses de protestos antigovernamentais.
23 de fevereiro - Ucranianos transformaram ruas de Kiev em santuários improvisados; dezenas de pessoas foram mortas pela polícia, que usou atiradores de elite e metralhadoras Kalashnikov para conter os protestos
Foto: Carlo Allegri / Reuters
23 de fevereiro - Cerimônia em local de morte de manifestantes foi marcada pela emoção em Kiev no dia seguinte à destituição do presidente Viktor Yanukovich - decisão que devolveu um pouco de paz às ruas de Kiev
Foto: Reuters
23 de fevereiro - Ucranianos lamentam o alto número de mortos nos protestos que tomaram as ruas de Kiev. Com flores, eles homenagearam as vítimas de violentos confrontos
Foto: Reuters
22 de fevereiro - Ucranianos comemoram decisão do Parlamento, que acusou presidente de "abandono de funções constitucionais" e destituiu Viktor Yanukovich, convocando eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de maio
Foto: AFP
22 de fevereiro - Ativistas se reuniram nos arredores do Parlamento em Kiev para comemorar o anúncia, que chega no ápice de uma semana de intensos protestos no coração de Kiev. Leia mais -
Foto: AFP
22 de fevereiro - A ex-primeira-ministra ucraniana, Yulia Timoshenko, discursou na Praça da Independência após deixar a prisão e anunciou que será candidata nas eleições presidenciais de 25 de maio. Leia mais -
Foto: AFP
22 de fevereiro - Em gesto simbólico, uma fita preta foi colocada em uma bandeira que combina as bandeiras da Ucrânia e da União Europeia. A simbologia marca um dia de luto nas ruas de Kiev, depois de mais conflitos entre manifestantes e tropas do governo
Foto: Reuters
22 de fevereiro - Manifestantes fazem barricada em uma rua que leva a prédio do governo em Kiev. Em protesto contra o presidente, ucranianos afirmaram que detêm o controle do prédio, enquanto líderes da oposição pressionam por uma renúncia de Viktor Yanukovich
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Manifestantes permanecem na Praça da Independência depois de confrontos com a polícia
Foto: Getty Images
21 de fevereiro - Manifestantes voltam a montar barricadas depois de confrontos com a polícia no dia 20
Foto: Getty Images
21 de fevereiro - Manifestante coloca um pneu em chamas em uma barricada, em Kiev
Foto: Getty Images
21 de fevereiro - O clima ainda é de tensão na capital Kiev
Foto: Getty Images
21 de fevereiro - Ucranianos se protegem atrás das barricadas
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21 de fevereiro - A violência explodiu novamente em Kiev enquanto políticos da oposição da Ucrânia participavam de uma reunião com o presidente russo Viktor Yanukovich
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Manifestantes montam barricadas na Praça da Independência, em Kiev
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Homem escala barricada montada por manifestantes
Foto: Reuters
21 de fevereiro - Manifestantes permaneciam da praça da Independência enquanto o presidente russo Viktor Yanukovich, membros da oposição e lideranças da União Europeia discutiam uma solução para a crise
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Ativistas oram diante corpos dos manifestantes mortos nos confrontos
Foto: AP
20 de fevereiro - Padres rezaram sob os corpos dos manifestantes mortos nos confrontos com a polícia nesta quinta-feira. Armas de fogo foram utilizadas no dia mais tenso dos últimos meses
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 17 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Manifestantes feridos estão sendo levados da Praça da Independência. Os corpos dos mortos na manhã desta quinta-feira foram encontrados na praça, principal palco dos protestos, e na recepção de um hotel
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos"
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Pelo menos 21 civis foram mortos na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Pelo menos 21 civis foram mortos na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Pelo menos 10 corpos foram deixados no Hotel Ukraine. Os confrontos no país tiveram seu dia mais violento na manhã desta quinta-feira
Foto: Twitter
20 de fevereiro - Corpos de manifestantes podem ser vistos na Praça da Independência, em Kiev. Pelo menos 21 civis morreram na manhã desta quinta-feira. O presidente do país anunciou que "dezenas de policiais também estão mortos", segundo informações da Reuters
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Armas de fogo foram utilizadas nos confrontos entre polícia e manifestantes contra o governo na manhã desta quinta-feira. Há pelo menos 21 mortos
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Armas de fogo foram utilizadas nos confrontos entre polícia e manifestantes contra o governo na manhã desta quinta-feira
Foto: Reuters
20 de fevereiro - O presidente ucraniano Viktor Yanovich disse que dezenas de policiais estão mortos depois dos conflitos na madrugada desta quinta-feira
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Padres rezaram sob os corpos dos manifestantes mortos nos confrontos com a polícia nesta quinta-feira. Armas de fogo foram utilizadas no dia mais tenso dos últimos meses
Foto: Reuters
20 de fevereiro - O presidente ucraniano Viktor Yanovich disse que dezenas de policiais estão mortos depois dos conflitos na madrugada desta quinta-feira
Foto: Reuters
20 de fevereiro - Manifestante mostra rosto um homem morto durante confrontos com a polícia nesta quinta-feira
Foto: AP
20 de fevereiro- Manifestante ferido é levado da Praça da Independência na manhã desta quinta-feira