Presidente turco cria laboratório para evitar ser envenenado
Anúncio se dá como forma preventiva ante qualquer ataque tóxico, químico, radioativo ou biológico que pudesse atentar contra o chefe de Estado
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, chamado de "o novo sultão" por seus opositores, passará a ser protegido de qualquer ameaça de envenenamento. Um laboratório será construído na luxuosa residência presidencial, declarou seu médico pessoal, citado nesta terça-feira pelo jornal "Hürriyet".
"Os atentados não se dão mais apenas através das armas, mas também dos alimentos. Por isso, será instalado um laboratório no palácio", explicou o médico Cevdet Erdöl, que também é deputado pelo Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, islâmico conservador).
O anúncio se dá como forma preventiva ante qualquer ataque tóxico, químico, radioativo ou biológico que pudesse atentar contra o chefe de Estado, aos 61 anos.
O especialista destacou que até agora nenhum ataque do tipo foi detectado no suntuoso complexo situado nas imediações de Ankara, onde "uma equipe formada por cinco médicos trabalha 24 horas por dia".
Muçulmano de orientação conservadora, o presidente turco foi chefe de governo entre 2003 e 2014. No ano passado, antes de passar ao posto máximo no Executivo local, é muito contestado tanto por suas posiciones autoritárias como pelos "delírios de grandeza".
O novo e gigantesco palácio de Erdogan, com mais de mil cômodos, está no centro de uma grande controvérsia devido ao padrão de vida que se outorga o homem mais poderoso da Turquia.