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Presidente ucraniano pede ajuda a Merkel sobre conflitos

23 jun 2014 - 06h53
(atualizado às 07h00)
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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pediu nesta segunda-feira a chanceler alemã, Angela Merkel, ajuda para solucionar o conflito no leste da Ucrânia. "O envolvimento de Angela Merkel e outros dirigentes mundiais é crucial para uma solução do conflito no leste da Ucrânia", declarou o presidente pró-Ocidente ucraniano, segundo o comunicado do governo de Kiev, após uma conversa telefônica com a chefe de governo da Alemanha.

Poroshenko insistiu com Merkel que os rebeldes violaram o cessar-fogo nas regiões de Donetsk e Lugansk, dois redutos dos insurgentes, mais de 20 vezes desde a entrada em vigor, segundo a nota.

A chanceler alemã destacou a solidariedade com o plano de paz de Petro Poroshenko e disse que está disposta a fazer o melhor para facilitar um diálogo multilateral com todas as partes envolvidas, afirma o comunicado.

O presidente ucraniano decretou na sexta-feira um cessar-fogo unilateral de uma semana e discursou no domingo à nação para expor seu plano de paz, que oferece um diálogo aos insurgentes pró-Rússia que não tiveram envolvimento em atos de assassinatos ou tortura.

As trocas de tiros prosseguiram, no entanto, e as tropas ucranianas utilizaram artilharia para repelir os ataques rebeldes. Os rebeldes rejeitaram o cessar-fogo provisório destinado a permitir a entrega das armas.

O governo da Rússia destacou nesta segunda-feira que considera necessário um cessar-fogo "duradouro" no leste da Ucrânia para o início de um diálogo entre as autoridades de Kiev e os rebeldes separatistas.

No domingo, durante uma conversa telefônica, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e seu colega alemão, Frank-Walter Steinmeier, destacaram que "um cessar-fogo duradouro é uma condição indiscutível para iniciar um diálogo entre as autoridades de Kiev e os representantes dos manifestantes no sudeste da Ucrânia", afirma um comunicado russo.

Nesta segunda-feira, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) pediram ao governo da Rússia que apoie o plano de paz apresentado pelo presidente ucraniano e que não prejudique sua aplicação, sob pena de maiores sanções. "A Rússia deve atuar, deve impedir o fluxo de armas e os grupos armados ilegais", afirmou o ministro britânico William Hague antes de uma reunião em Luxemburgo.

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