Presidentes de instituições da UE se reunirão após referendo sobre "bretix"
Os presidentes das três principais instituições comunitárias e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, se reunirão no dia seguinte da realização do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), confirmou à Agência Efe o porta-voz da Eurocâmara, Jaume Duch.
Os quatro políticos se reunirão para abordar que tipo de estratégia aplicar uma vez que sejam divulgados os resultados do referendo.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker; do Conselho Europeu, Donald Tusk; do parlamento Europeu, Martin Schulz, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, se reunirão na sexta-feira (24), explicaram à Agência Efe fontes europeias.
Antes deste encontro a quatro, está previsto que se reúnam os líderes dos diferentes grupos políticos do parlamento Europeu com Schulz na "Conferência de presidentes" da instituição para também abordar a situação.
Rutte irá à reunião com os líderes comunitários dado que seu país, Holanda, ostenta neste semestre a presidência rotatória do Conselho da União Europeia, a instituição que representa os Estados-membros em Bruxelas.
Segundo as mesmas fontes, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, não foi a princípio convidado à reunião.
O serviço de porta-voz da Comissão Europeia não confirmou esta informação, alegando que a agenda semanal de Juncker só é divulgada na sexta-feira prévia, ou seja, no dia 17 neste caso.
A inquietação em Bruxelas aumenta perto da realização da consulta e perante a revelação de várias pesquisas publicadas nos jornais "The Times", "The Guardian" e "The Daily Telegraph" que, a poucos dias do referendo, mostravam um avanço do apoio ao "brexit".
O presidente da Comissão Europeia manifestou no último dia 9 em entrevista ao jornal alemão "Südwest Presse" seus "sentimentos cruzados" perante o avanço do "sim" na saída da UE entre o eleitorado britânico e insistiu em seu apoio para que o país permaneça no bloco comunitário.
Fontes parlamentares disseram que a Eurocâmara "tem claro" que, seja qual for o resultado, depois do referendo "será preciso dar sinais claros do caminho a seguir" para a construção europeia.