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Protestos dos coletes amarelos colidem com polícia em Paris

20 abr 2019 - 11h39
(atualizado às 11h49)
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Manifestantes do movimento coletes amarelos entram em confronto com a polícia em Paris. 20/4/2019. REUTERS/Gonzalo Fuentes - RC187683F580
Manifestantes do movimento coletes amarelos entram em confronto com a polícia em Paris. 20/4/2019. REUTERS/Gonzalo Fuentes - RC187683F580
Foto: Reuters

Dezenas de manifestantes entraram em confronto com policiais entre em Paris neste sábado, o 23º de protestos de coletes amarelos, após autoridades alertarem que manifestantes podem desencadear nova onda de violência na capital francesa.

Dezenas de manifestantes de capa preta atiraram pedras na polícia e alguns atearam fogo em motocicletas no centro da cidade. Latas de lixo também foram incendiadas.

A polícia respondeu disparando gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral. Alguns oficiais também marcharam em direção a manifestantes para encaminhá-los para a Place de la Republique, onde foram autorizados a se manifestar.

Segundo números preliminares, 110 pessoas haviam sido presas e colocadas sob custódia, informou a promotoria de Paris.

Manifestantes aludiram claramente ao incêndio catastrófico na catedral de Notre-Dame, na segunda-feira, que provocou uma onda de tristeza nacional e uma corrida de famílias e empresas para prometer cerca de 1 bilhão de euros para sua reconstrução.

"Milhões para Notre-Dame, e para nós, os pobres?" dizia um cartaz de uma manifestante.

A cidade está em estado de alerta após Christophe Castaner, ministro do Interior, dizer que os serviços de inteligência o informaram de um potencial retorno de desordeiros com intenção de causar estragos em Paris, Toulouse, Montpellier e Bordeaux, em uma repetição de protestos violentos em 16 de março.

Várias estações de metrô de Paris foram fechadas e cerca de 60 mil policiais foram mobilizados em toda a França.

Os protestos dos coletes amarelos surgiram em meados de novembro, originalmente devido ao aumento dos preços dos combustíveis e ao alto custo de vida, mas que se transformaram em um movimento mais amplo contra o presidente Emmanuel Macron e sua busca por reformas econômicas.

O líder francês planejava revelar na segunda-feira políticas para acabar com o movimento, antes que o incêndio em Notre-Dame o obrigasse a cancelar o discurso. Ele agora deve fazer seus anúncios na próxima quinta-feira.

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