O governo da Ucrânia negou nesta segunda-feira que planeje implantar o estado de exceção no país devido aos protestos da oposição e os violentos enfrentamentos que ocorreram ontem em Kiev e que deixaram quase 200 feridos hospitalizados, entre policiais e manifestantes. "As autoridades não pensam em decretar o estado de exceção no país", disse à agência "Interfax" o porta-voz do Gabinete dos Ministros, Vitali Lukianenko.
No início da manhã de hoje os opositores bloquearam todos os acessos à sede do governo ucraniano, por isso os funcionários não puderam chegar em seus postos de trabalho. Lukianenko não informou se o primeiro-ministro, Nikolai Azarov, cujo cargo está sendo pedido pelos opositores, conseguiu chegar ao seu gabinete.
Milhares de manifestantes passaram a noite na Praça da Independência, onde levantaram barricadas para impedir uma eventual tentativa de despejo da polícia.
Segundo a prefeitura de Kiev, um total de 190 pessoas foram hospitalizadas após os violentos enfrentamentos registrados ontem junto ao complexo de edifícios governamentais. A oposição denunciou que os ataques foram realizados por grupos de provocadores para dar pretexto às autoridades para reprimir os protestos pacíficas, que reuniram ontem até meio milhão de pessoas no centro de Kiev.
A concentração de domingo foi o maior ato desde que eclodiram os protestos pela decisão do governo ucraniano de renunciar à assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia.
Manifestante dispara gás lacrimogêneo contra policias durante protesto em Kiev, na Ucrânia. Milhares de manifestantes de oposição protestaram nesta segunda-feira em frente ao Gabinete de Ministros Ucranianos pedindo que o governo volte atrás da decisão de desistir da adesão à União Europeia. Centenas de pessoas confrontaram a polícia
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Manifestantes usam gás lacrimogêneo contra policiais, em Kiev
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Antes da pancadaria, mulher oferece chocolate para policiais em frente a escritórios de ministros ucranianos
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Manifestantes cercam policial durante o confronto. O presidente Viktor Yanukovych anunciou na semana passada que a Ucrânia estava desistindo de um potencial acordo com a UE para focar nas relações com a Rússia
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As manifestações se estenderam durante todo o dia em Kiev
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Manifestantes enfrentaram a neve para protestar contra a decisão do presidente
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Manifestantes acamparam em praça de Kiev para participar de protestos desde a noite de sexta-feira. De acordo com a agência AFP, estes são as maiores manifestações na Ucrânia desde a chamada Revolução Laranja de 2004, que levou a um governo pró-ocidente
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Manifestante dá pontapé em policial
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1º de dezembro - Manifestantes protestam em Kiev, na Ucrânia
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1º de dezembro - O protesto exige a demissão do presidente Viktor Yanukovitch
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1º de dezembro - A oposição ucraniana convocou uma greve geral a partir deste domingo
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1º de dezembro - Neste domingo o primeiro ministro ucraniano, Mykola Azarov, anunciou que Yanukovitch viajará à Rússia nos próximos meses, apesar de o presidente afirmar que quer se aproximar da UE
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1º de dezembro - A vizinha e poderosa Rússia se opõe a este tratado
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1º de dezembro - "Revolução! Que vergonha! Ucrânia é Europa!" - gritavam os manifestantes, que tomaram a praça levando bandeiras ucranianas e europeias e gritando slogans contra o presidente, que, na última sexta-feira, se recusou a assinar um acordo com a União Europeia
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2 de dezembro - Homem canta durante protesto contra o governo da Ucrânia na Praça Independência em Kiev
Foto: AP
2 de dezembro - Vista panorâmica do protesto massivo no centro de Kiev
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2 de dezembro - Manifestantes atrás de barricada nas primeiras horas de segunda-feira em Kiev
Foto: AP
2 de dezembro - Manifestantes participam de protestos em frente à sede do governo em Kiev
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2 de dezembro - Arseniy Yatsenyuk, líder opositor, durante discurso a manifestantes e críticos do governo do premiê ucraniano
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2 de dezembro - Mulher canta com a bandeira ucraniana nas mãos durante protesto da oposição em Kiev
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2 de dezembro - Jovem participa do protesto da oposição durante a noite de segunda-feira na Praça Independência, em Kiev
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2 de dezembro - Multidão canta e se mobiliza durante protesto da oposição ucraniana em Kiev com bandeiras nacionais e da União Europeia
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8 dezembro - Oposição desafia resistência do governo com novo protesto massivo na Maidan Nezalezhnosti, ou Praça da Independência, em Kiev
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8 dezembro - Vista aérea das milhares de pessoas mobilizadas no centro da capital da Ucrânia
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8 dezembro - Cristãos em momento de fé durante os protestos contra o governo do presidente Viktor Yanukovitch
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8 dezembro - Flores depositadas em frente a cordão de policiais alocados na Praça da Independência
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8 dezembro - Ativista pró-Europa em frente a policiais em Kiev
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8 dezembro - Ucraniano marreta estátua de Lênin, derrubada durante protestos contra o governo ucraniano em Kiev
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8 dezembro - Estátua do líder comunista histórico da Rússia foi depredada por manifestantes; oposição critica ligação da Ucrânia com a Rússia e exige aproximação à Europa
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8 dezembro - Domingo foi palco de novos massivos protestos de opositores, mobilizados há três semanas na capital da Ucrânia
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8 dezembro - Imagem da ex-premiê ucraniana Julia Timoshenko, atualmente presa, na Praça Independência
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8 dezembro - Manifestantes constroem barricadas para manter os protestos em frente à sede do governo, em Kiev
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8 dezembro - Manifestante faz o sinal da cruz durante a mobilização da "Marcha do milhão", em Kiev
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9 de dezembro - Pessoas usam martelos para destruir a estátua de Vladimir Lênin em Kiev. A imagem do fundador da União Soviétia foi derrubada por manifestantes pró-UE no domingo
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9 de dezembro - Manifestantes cercam a estátua de Lênin nesta segunda-feira
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9 de dezembro - Soldados do Ministério do Interior ucraniano fazem barreira protetora durante forte nevasca
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9 de dezembro - Manifestantes contrários ao governo mantêm barricada em Kiev
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9 de dezembro - Onda de protestos eclodiu quando o governo ucraniano desistiu das negociações para entrar na União Europeia
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9 de dezembro - Agente do Ministério do Interior participa de operação para conter protestos durante nevasca