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Europa

Protestos na Ucrânia: manifestantes reforçam barricadas em Kiev

11 dez 2013 - 20h23
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Manifestantes comemoram enquanto a polícia anti-distúrbios deixa a Praça da Independência, no centro de Kiev
Manifestantes comemoram enquanto a polícia anti-distúrbios deixa a Praça da Independência, no centro de Kiev
Foto: AP

Milhares de manifestantes ucranianos pró-europeus se preparavam na noite desta quarta-feira para passar a madrugada na Praça da Independência de Kiev, reforçando as barricadas com neve e sacos de areia diante da ameaça de um novo ataque da polícia.

Cerca de 5.000 pessoas estavam reunidas por volta das 20h30 locais (16h30 de Brasília), agitando bandeiras ucranianas e europeias, no centro da mobilização opositora contra a decisão do presidente Viktor Yanukovich de rejeitar um acordo com a UE visando a manter sua proximidade com Moscou.

As barricadas que tinham sido desmanteladas durante a tentativa de invasão das forças anti-motins, na noite de terça para quarta-feira, foram reerguidas durante o dia após a retirada dos policiais, e estavam sendo reforçadas.

Com pás nas mãos, os manifestantes as cobriam com a neve que caiu em abundância durante o fim de semana. Com cerca de dois metros de altura, as novas barricadas são muito mais altas do que as anteriores e são reforçadas com barras de metal, pedaços de madeira e sacos de areia.

Somente uma passagem estreita permite que os manifestantes transitem, tornando muito difícil o acesso para pelotões compactos de policiais, como os que foram enviados ao local na madrugada de terça para quarta-feira.

Diante de uma das barricadas, na rua Institutska, Vadim, de 25 anos, distribui biscoitos e chá quente. "Não tenho medo, nós somos muitos. O presidente é que precisa ter muito medo", declarou. Para ele, o fracasso da ofensiva das forças de segurança na manhã de quarta "não foi uma vitória".

"A vitória acontecerá quando Yanukovich tiver deixado o poder", afirmou.

Entre os manifestantes, Eléna Chandrou, de 45 anos, disse que está com "espírito de guerreira" e que espera novos ataques nos próximos dias. "Não estou com medo, mas tenho filhos, e o que me deixa com medo é que o governo se mantém no poder", disse a mulher de 45 anos, envolta em um casaco vermelho enquanto a temperatura cai a 11 graus abaixo de zero.

Nesta quarta-feira, Viktor Yanukovich prometeu não recorrer à força contra os manifestantes pacíficos e pediu que a oposição dialogue. Na noite de terça para quarta-feira, choques deixaram cerca de trinta feridos e onze manifestantes foram detidos, segundo a oposição.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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