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Putin comemora volta da Crimeia "para casa" em discurso de Ano-Novo

31 dez 2014 - 17h29
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em discurso de Ano-Novo nesta quarta-feira que a "volta para casa" da península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia e foi tomada por Moscou no início do ano, será um capítulo importante na história do país para sempre.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião do Conselho de Estado, no Kremlin, em Moscou, na semana passada. 24/12/2014
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião do Conselho de Estado, no Kremlin, em Moscou, na semana passada. 24/12/2014
Foto: Sergei Ilnitsky / Reuters

Putin vem enfrentando o maior dos desafios em 15 anos de governo com a economia russa entrando em recessão, prejudicada pelas sanções do ocidente após a crise da Ucrânia e pela queda do preço do petróleo, carro-chefe das exportações russas.

Suas declarações, transmitidas pela televisão, devem ser bem-recebidas pelos russos, para quem a Crimeia sempre foi vista como parte de sua terra natal após séculos de história compartilhada e com a região que tem maioria étnica russa.

"O amor pela pátria mãe é um dos sentimentos mais poderosos e edificantes. E isso se manifestou por completo na ajuda fraternal aos povos da Crimeia e de Sevastopol, que de forma determinante decidiram voltar para casa", disse Putin. "Esse evento será lembrado como um capítulo muito importante na história de nosso país para sempre."

A Rússia anexou a Crimeia em março, após a saída do então presidente ucraniano que era apoiado pelos russos, o que desencadeou uma das mais graves crises entre Ocidente e Oriente desde o fim da Guerra Fria e levou a várias sanções econômicas vindas de países ocidentais.

A Ucrânia e o Ocidente consideram a anexação ilegítima.

A popularidade de Putin aumentou no país graças à sua postura firme diante da crise da Ucrânia, mas uma recessão grave econômica pode ameaçar a estabilidade e a prosperidade do país, aspectos que têm sustentado, em parte, sua aprovação popular.

No próximo ano, estima-se que a economia da Rússia cairá por volta de 4,5 por cento se o valor médio do barril de petróleo continuar a 60 dólares, de acordo com o banco central.

"O próximo ano vai ser do jeito que nós o fizermos", disse Putin. "Nós temos que cumprir e implementar tudo o que planejamos para o nosso próprio bem, para o bem dos nossos filhos e da Mãe Pátria."

(Reportagem de Vladimir Soldatkin)

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