O presidente russo Vladimir Putin afirmou neste sábado que as declarações atribuídas ao príncipe britânico Charles, em que o compara ao ditador nazista Adolf Hitler, são inaceitáveis e indignas de seu posto.
"Não escutei essa expressão. Se ele disse, então é inaceitável", afirmou Putin em uma entrevista concedida às agências de notícias estrangeiras em São Petersburgo. "Acho que ele mesmo entende isso. É um homem educado (...) Não é o comportamento de um monarca", considerou.
O monarca britânico e o presidente russo devem comparecer a um evento com líderes mundias no próximo mês que celebra o septuagésimo aniversário da invasão na Normandia, o Dia D, durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, os dois líderes não vão se encontrar.
Nova União Soviética
Durante o encontro, o mandatário russo rechaçou a ideia de uma nova edição da União Soviética ou império russo, como os ocidentais. Para ele, essas informações não fazem parte da "realidade" e isto é apenas um instrumento em uma "guerra de informações".
Putin ainda negou que pretendia anexar a Crimeia à Rússia e afirmou jamais ter pensado isso "em sua cabeça".
O líder do Kremlin explicou que "os processos integradores no espaço pós-soviético não pretendem recriar a União Soviética ou outro império, mas aproveitar todas as vantagens competitivas que nossos estados independentes possuem".
Por outro lado, o presidente russo lembro que nos próximos dias será assinado um acordo sobre a criação da União Econômica Euroasiática, a etapa posterior à integração da Rússia, Belarus e Cazaquistão como União Aduaneira, com esforços apenas no "âmbito econômico".
Vladimir Putin ainda disse que vai respeitar o resultado das eleições presidenciais na Ucrânia, marcadas para este domingo. "Compreendemos que o povo da Ucrânia quer que o país saia desta crise. Vamos tratar a escolha deles com respeito", disse.
Na opinião do mandatário, na Ucrânia "teria sido mais lógico realizar primeiro um referendo, aprovar uma Constituição e, com base nessa lei fundamental, realizar as eleições".
Idosa se "aconchega" no corpo de um paramilitar pró-Rússia na praça Lenin, em Donetsk
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Vitali Klitschko (esquerda), candidato de Kiev, vota ao lado da mulher e do irmão boxeador
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Dezenas de separatistas pró-russos armados se concentraram próximos a casa fortificada do homem mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, na cidade oriental de Donetsk
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Os rebeldes, denunciados por Akhmetov, impediram a votação em Donetsk
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Akhmetov, de 47 anos e que também é dono do clube de futebol Shakhtar Donetsk, estava na capital Kiev
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A candidata Yulia Tymoshenko votou neste domingo nas eleições realizadas na Ucrânia
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Petro Poroshenko demonstrou confiança em vencer as eleições já no 1º turno
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Ucraniano se prepara para votar em colégio eleitoral de Kiev
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Um ativista pró-russo mascarado retirou, no dia 23 de maio, uma urna de uma zona eleitoral em Donetsk. Tensões no leste ucraniano dificultam a organização de uma eleição presidencial na região
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Empresário, o candidato Petro Poroshenko lidera a corrida eleitoral pela Presidência do país. Nas últimas pesquisas de intenções de voto, o político alcançou 54,7% da opinião dos eleitores
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Em segundo lugar nas pesquisas, a candidata Yulia Timoshenko participou de um comício em Priluki, no dia 22 de maio. As eleições presidenciais ucranianas estão marcadas para o próximo domingo, dia 25
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Ex-primeira-ministra assumiu uma posição bastante radical e é considerada a candidata mais pró-europeia entre todos os presidenciáveis
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Conhecido como o "rei do chocolate", devido a sua grande empresa de doces e confeitaria, Poroshenko deve ser o próximo presidente ucraniano
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Pragmático e com experiência em ambos os lados do governo, o magnata deve conseguir conquistar votos tanto de pró-russos como de pró-europeus, nessas eleições presidenciais
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Membros de um comitê regional preparam zona eleitoral em Donetsk para a próxima eleições presidencial, marcada para o dia 25 de maio, na Ucrânia. Apesar de o presidente russo Vladimir Putin ter dado sinal verde para as eleições, as regiões pró-russas Donetsk e Lugansk podem criar obstáculos para a realização do pleito
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Atrito em relação às eleições presidenciais na Ucrânia existem em Donetsk Lugansk. Juntas, as regiões abrigam cerca de 7 milhões de ucranianos, o que representa cerca de 15% da população do país
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Em uma zona eleitoral em Donetsk, uma parede é coberta por fichas de alguns dos candidatos presidenciáveis
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Zona eleitoral em Donetsk é preparada para as eleições presidenciais da Ucrânia. Região é declarada um "estado independente" e muitos são contra a relização do pleito na cidade
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