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Queda de avião na Ucrânia pode ser crime de guerra, diz ONU

Combates entre o exército ucraniano e rebeldes separatistas já deixaram mais de 1,1 mil mortos desde abril, de acordo com a ONU

28 jul 2014 - 06h30
(atualizado às 06h35)
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<p class="text">Comiss&aacute;ria da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu uma investiga&ccedil;&atilde;o meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a queda do avi&atilde;o provocada por um m&iacute;ssil em uma zona controlada pelos insurgentes</p>
Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu uma investigação meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a queda do avião provocada por um míssil em uma zona controlada pelos insurgentes
Foto: Dmitry Lovetsky. / AP

A derrubada do avião malaio no leste da Ucrânia pode ser considerado um crime de guerra, afirmou a ONU nesta segunda-feira, acrescentando que os combates entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos já deixaram mais de 1,1 mil mortos desde abril.

"Esta violação da lei internacional, dadas as circunstâncias, pode ser considerada um crime de guerra", declarou a comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, em um comunicado

Pillay pediu uma investigação meticulosa, efetiva, independente e imparcial sobre a queda do avião provocada por um míssil em uma zona controlada pelos insurgentes. No avião da Malaysian Airlines, havia 298 pessoas, todas mortas.

A Cruz Vermelha indicou oficialmente na semana passada que a situação na Ucrânia se caracteriza como uma guerra civil, o que transforma as áreas em conflito passíveis de serem condenadas por crimes de guerra.

A ONU calcula que mais de 1,1 mil pessoas morreram nos combates na região desde meados de abril, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira, e denuncia que os dois lados utilizaram armamento pesado em zonas residenciais.

Estes últimos dados supõem um aumento considerável em relação ao balanço de 18 de julho, no qual a ONU citou 256 mortos desde abril.

Pillay afirmou ainda que as informações da intensificação dos combates nos redutos dos insurgentes, nas regiões de Donetsk e Lugansk, são "extremadamente alarmantes" e disse que as duas partes "empregam armamento pesado em zonas residenciais, incluindo artilharia, tanques, foguetes e mísseis".

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Foto: Arte Terra

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