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Quinze pessoas são presas após polícia belga matar militantes islâmicos armados

16 jan 2015 - 11h41
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A polícia belga estava interrogando nesta sexta-feira 13 suspeitos detidos durante incursões contra um grupo islâmico que as autoridades temiam que estivesse planejando ataques contra a polícia, e outras duas pessoas foram detidas na França, disseram os procuradores federais.

Policial belga em rua no centro da cidade de Verviers. 16/01/2015
Policial belga em rua no centro da cidade de Verviers. 16/01/2015
Foto: Yves Herman / Reuters

Um porta-voz disse em entrevista coletiva que ainda não havia sido estabelecida uma ligação com os ataques islâmicos da semana passada em Paris e que a identidade dos dois atiradores mortos durante uma das operações, na quinta-feira, na cidade de Verviers, no leste da Bélgica, ainda tem de ser confirmada.

Além de armas, incluindo quatro fuzis AK-47 e explosivos, foram encontrados uniformes de polícia no apartamento de Verviers, afirmou o porta-voz Eric Van Der Sypt, acrescentando: "Esse grupo estava a ponto de levar a cabo ataques terroristas com o objetivo de matar policiais nas ruas e nas delegacias".

Questionado sobre notícias relacionadas a um plano para decapitar um policial –numa repetição da violência islâmica em outros lugares, incluindo um ataque a um soldado que não estava em serviço, em Londres, em 2013–, ele não quis fazer comentários.

O porta-voz afirmou que havia planos para ataques em toda a Bélgica, mas também não quis dizer em que lugar da França foram detidos dois suspeitos a pedido das autoridades belgas.

Alguns dos suspeitos haviam retornado recentemente da Síria.

Em outras operações distintas, que as autoridades disseram não estar relacionadas, a polícia antiterrorismo na Alemanha e na França também efetuou prisões.

As forças de segurança belgas estão em alerta máximo, com segurança reforçada diante de alguns edifícios públicos, especialmente as delegacias de polícia. A TV pública RTBF informou que os policiais foram orientados a não sair à rua sozinhos quando estiverem de uniforme.

Algumas escolas judaicas na Bélgica e na Holanda foram fechadas, refletindo a elevação das medidas preventivas em toda Europa desde que atiradores islâmicos mataram 17 pessoas em Paris na semana passada em um mercado judaico e na redação do jornal francês satírico Charlie Hebdo.

A expectativa é que as autoridades belgas deem mais detalhes de sua investigação nesta sexta-feira, mas, por enquanto, anteciparam não ter motivos para ver uma ligação com os ataques franceses. Um inquérito separado investiga se os militantes que fizeram os ataques em Paris obtiveram as armas na Bélgica.

Um terceiro homem em Verviers está preso e sendo interrogado, bem como várias pessoas detidas em uma série de operações na capital belga, Bruxelas, e arredores.

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